1 de fevereiro de 2007

Música para os meus ouvidos

Ando meio desligado
Arnaldo Baptista - Rita Lee - Sérgio Dias
Ando meio desligado
Eu nem sinto meus pés no chão
Olho e não vejo nada
Eu só penso se você me quer
Eu nem vejo a hora de lhe dizer

Aquilo tudo que eu decorei

E depois o beijo que eu já sonhei
Você vai sentir, mas...
Por favor, não leve a mal
Eu só quero que você me queira
Não leve a mal...

28 de janeiro de 2007

Meu reencontro...


Ele nem sabe ainda, mas, nossa história de amor começou muito antes, exatamente por volta de 85, quando conheci sua poesia e suas canções. A letras românticas falando daquele amor platônico, tão distante tão real, fizeram parte de minha adolescência, me acompanharam, a cada namoro rompido e cada reconciliação.
Muitos encontros e desencontros ocorreram enquanto eu estudava e começava a trabalhar, por volta dos 19 anos. Buscando conhecer a vida e as pessoas, me relacionava com uns e outros, tentando achar a minha alma gêmea... Não cansava de buscar, procurava em todos os lugares, teatros, bailes, no trabalho, na igreja, nos bares...
Enquanto isso curtia as baladas ao som suave da sua música, às vezes, pensava que ele escrevia especialmente para mim, com meus conflitos juvenis, dificuldades, timidez e rejeições. Não entendia como ele conseguia, a cada novo lançamento, tratar especialmente daquele momento da minha vida, e ao mesmo tempo tinha certeza de que ele só estava declamando melodias a partir dos seus próprios sentimentos.
Isso mesmo, o poeta na sua simplicidade de artista consegue traduzir e expressar a alma do povo. Somos todos iguais, feitos de corpo, alma e sentimentos... Cada um é único e especial, mas ao mesmo tempo Arantes conseguia dar palavras suaves e fortes, tristes e otimistas, apaixonadamente romântico como alguém que ama, sobretudo, a vida.
Pois é, acho que estou enrolando muito...rsrs...
Nosso primeiro encontro aconteceu por volta de 86 ou 87, se não me falha a memória!
No Grande Circular (uma casa de espetáculos em Brasília, muito singular, pois o palco ficava no picadeiro como um circo e as arquibancadas rodeavam em meia lua, era utilizado para muitos tipos de apresentação e oferecia um preço considerado popular naquela época devido à campanhas de incentivo à cultura. Deixou saudades...) o show foi anunciado com grande antecedência, e eu e três amigas do trabalho combinamos de comprar os ingressos antecipados para garantir nossa presença naquele evento imperdível.
Finalmente, apesar de atrasado, saiu o pagamento, comemoramos juntas e depositamos nosso dinheirinho na mão da amiga mais fiel e mais desenvolta. "Pode de deixar, compro nossos ingressos e encontro vocês lá!"
No dia do inesquecível show, não conseguíamos encontrar nossa amiga, faltou ao trabalho, não atendia o telefone... As outras duas me disseram que infelizmente estavam desistindo de assistir ao nosso ícone do momento. Eu falei: "Não podemos perder a primeira apresentação do Guilherme Arantes em Brasília!"
Não teve jeito, tive que ir sozinha, e como sou muito tímida, foi um verdadeiro desafio. Elas disseram que eu não teria coragem, pois é, se arrependeram!. risos... Tiveram que me engolir contando em detalhes as emoções que vivi naquele glorioso encontro.
Vesti e tirei centenas de peças de roupas, imaginando se estaria de acordo, não era de muito sair, sempre estudei bastante, meus melhores amigos são os livros. Não sabia qual seria a forma adequada de comparecer a um evento assim tão importante... para mim! Decidi usar tênis, um jeans básico, a já famosa camiseta branca e por cima, só pra proteger do vento frio da noite, coloquei uma camisa azul que havia seqüestrado no guarda-roupa do meu pai.
Ainda faltava conseguir o ingresso... e agora, como faria?
Peguei o restante das minhas economias e saí, juntei toda a minha "cara de pau" e fui sofrendo no circular até chegar na rodoviária pensando em como iria descobrir um cambista pra comprar o ingresso? Sei lá... Quando chegar eu vejo!
Chegando havia uma fila enorme, as pessoas aguardando para entrarem na sala de espetáculos, e eu ficando com mais medo de não conseguir... tenho uma dificuldade imensa em aceitar frustrações...
De repente... ouvi um grito...
- "Ei moça!..." apressei o passo, o que será?... Tive medo, estava desacompanhada...
- "Péraí... Moça!" ele apressou o passo em minha direção... hoje não é o meu dia ... "Jesus, me protege!", pensei enquanto meu coração disparava...
- "Moça, Quer um ingresso?" nem acreditei no que ouvia, será que é verdade?
- "Moça, tenho ingresso num bom preço!"
Parei e pensei, Jesus é mesmo muito bom! Não só ouviu meu clamor, como providenciou o que eu precisava na hora certa, pois a fila já havia seguido para dentro do teatro e o show estava começando... Consegui ouvir os primeiros acordes enquanto passava apressada pelos portões, os seguranças me encaminhavam na direção do meu assento, cada vez mais pra perto do palco... ???
Meu coração batia mais forte. Será que agüento tanta emoção? O ingresso que aquele rapaz me vendeu era na segunda fila! Me aproximei procurando minha posição e percebi muitas pessoas me olhando, fiquei ruborizada... Nem acreditei no que vi, o locutor avisava que adentrava o palco: o fabuloso Guilherme Arantes! Brilhos de flashs e o som forte do piano, eu já estava chorando de emoção nesta hora...
Finalmente consegui! e o melhor de tudo, estava ali de frente ao meu cantor favorito e entendi porque tanta gente me olhava, assim com admiração... Eu estava exatamente com o mesmo figurino dele, mas como? se perguntavam... Eu comecei a rir e a cantar, como nunca tinha cantado antes... Acho que pensaram que eu era sua amiga ou coisa parecida e tínhamos combinado: tênis, calça jeans, camiseta branca e camisa azul de mangas compridas... Me senti a própria celebridade! E curti, me deliciei, com a minha sorte naquele dia.
Quando a vi...
Logo ali, tão perto
Tão ao meu alcance
Tão distante, tão real ,
Tão bom perfume...
Sei lá!
Sei que estou me prolongando, mas não vou deixar de contar o verdadeiro motivo de estar escrevendo hoje. Nesses mais de 20 anos, trabalhei, estudei, me casei, tive filhas, me formei, amei e fui amada a cada dia; vivi intensamente cada etapa da minha vida... Hoje sou uma quarentona, separada, rejeitada, vendo as rugas surgindo no meu rosto, sentindo a pressão da gravidade cada vez mais forte... Me deprimi, busquei ajuda, já estou em processo de recuperação, afinal; foram 16 anos de vida dedicada à marido e filhas, adiei alguns sonhos, batalhei juntamente com o antigo companheiro em busca de novas conquistas e desafios da vida em família. Considerava o NÓS mais importante do que o EU. Tudo bem, "acertando e errando, mas sempre aprendendo a jogar..."
Nada melhor do que um dia após o outro. Quando menos esperava, vi um anúncio: Guilherme Arantes no Café Cancun em Brasília. Não pude evitar, verifiquei todos os detalhes, me arrumei, foi um encontro importante, não apenas com o poeta que embalou meus sonhos e desencantos com suas belas melodias. Encontrei aquela jovem romântica que sonhava com o príncipe encantado que a tiraria deste mundo e a levaria para reinar numa terra cheia de leite e mel. Sou grata a Deus por minha família, saúde e vida.
Estou aqui retomando um antigo amor... Amor pela letra, pela poesia, a arte de escrever e contar histórias cheias de emoção. Obrigada Guilherme Arantes, nosso show foi lindo! Cheio de fortes emoções, chorei, sorri, amei! Obrigada por não ter desistido de escrever suas canções, sinto pelos discos não vendidos, sinto por nosso mundo estar cheio de pirataria e dominado pelos marqueteiros de plantão. Não me importo se você não aparece na televisão. Acredito em você e no seu sonho de valorizar nossa própria cultura, de dar sua cor e seu som tão verdadeiro à MPB.
Entra em cena
Faz seu número
Faz meu gênero
Ser seu fã nº1
Ali, no gargarejo
Jogando beijo.

Obrigada também pela foto! Valeu a espera! Foi um bom reencontro!

27 de janeiro de 2007

Deixa chover!

Hoje estou ouvindo esta música do meu amigo Guilherme Arantes
Certos dias de chuva
Nem é bom sair de casa, agitar
é melhor dormir
Se você tentou e não aconteceu valeu...
Infelizmente nem tudo é
Exatamente como a gente quer ...
As pessoas sempre têm chance de jogar
De novo e errar 
Ver o que convém
Receber alguém no seu coração, ou não 
Infelizmente nem tudo é 
Exatamente como a gente quer 
Deixa chover ô ô ô 
Deixa a chuva molhar 
Dentro do peito tem um fogo ardendo 
Que nunca vai se apagar 
Deixa chover 
Deixa a chuva molhar 
Dentro do peito tem um fogo ardendo
Que nunca, nada , nada vai apagar. 

19 de janeiro de 2007

16 de janeiro de 2007

Eu queria escrever bonito

Eu queria escrever bem bonito
falando do amor que sinto pela vida,
pelo mundo e as pessoas
Queria minha mensagem distribuída
a todas as criaturas
que se consideram mau-amadas, infelizes,
queria que elas pudessem sempre
ter esperança que dias melhores virão.

Posso alimentar a esperança?
Ter certeza de que momentos melhores virão,
dias ensolarados e tranquilos,
com cheiro de flores e som de pássaros.

Gostaria de passear um dia em um lugar
cheio de verde por todos os lados,
ouvir o som suave de um pequeno riacho
que corre faceiramente pelo leito de pedras sob a água transparente e limpa,
sentir o suave aroma de flores, respirar o ar puro e fresco,
sentar à sombra de uma árvore caudalosa,
experimentar do fruto maduro e doce,
sentir a brisa soprar suavemente
as folhas e flores daquele imenso jardim.

Queria acordar alegre, tranquila e calma,
pronta para um novo dia,
que começa ao alvorecer.
Novo dia, nova chance de recomeçar,
perdoar, aceitar, e viver cada dia como uma novidade,
cheio de surpresas, desafios e conquistas.
Queria escrever bem bonito
falando do grande amor que sinto
por Deus, pela vida, e as pessoas.

Queria minha mensagem distribuída 
a todas as pessoas
que se amam, se perdoam, são felizes,
queria que elas pudessem sempre
ter certeza que
Dias melhores virão!

8 de janeiro de 2007

Ano novo, vida nova!

Se você é...
Madre Tereza de Calcutá
Se você é um vencedor,
terá alguns falsos amigos
e alguns amigos verdadeiros.
Vença assim mesmo.

Se você é honesto e franco,
as pessoas podem enganá-lo
Seja honesto e franco assim mesmo.

O que você levou anos para construir
Alguém pode destruir de uma hora para outra.
Construa assim mesmo.

Se você tem paz e é feliz,
As pessoas podem sentir inveja.
Seja feliz assim mesmo.

Dê ao mundo o melhor de você,
mas isso pode nunca ser o bastante.
Dê o melhor de você assim mesmo.

Veja você que, no final de tudo
Será você... E Deus.
E não você... E as pessoas!

28 de dezembro de 2006

Fazer o outro feliz...

Nem sempre tenho histórias originais para contar, mas como gosto muito de ler, às vezes encontro alguma mensagem que me faz pensar bastante.
Como estamos numa época de reflexão, balanço de vida, planos e promessas pro Ano Novo, encontrei este texto que transcrevo a seguir, apesar de não conhecer a fonte ou autoria.


Fazer o outro feliz...
Dois homens, ambos gravemente doentes, estavam no mesmo quarto de hospital. Um deles podia sentar-se na sua cama durante uma hora, todas as tardes, para que os fluidos circulassem nos seus pulmões. Sua cama estava junto da única janela do quarto. O outro homem tinha de ficar sempre deitado de costas. Os homens conversavam horas a fio. Falavam das suas mulheres, famílias, das suas casas, dos seus empregos, dos seus hobbys, onde tinham passado as férias...
E todas as tardes, quando o homem da cama perto da janela se sentava, ele passava o tempo a descrever ao seu companheiro de quarto todas as coisas que conseguia ver do lado de fora da janela. O homem da cama do lado começou a viver à espera desses períodos de uma hora, em que o seu mundo era alargado e animado por toda a atividade e cor do mundo do lado de fora da janela.
A janela dava para um parque com um lindo lago. Patos e cisnes nadavam na água enquanto as crianças brincavam com os seus barquinhos. Jovens namorados caminhavam de braços dados por entre as flores de todas as cores do arco-íris. Árvores velhas e enormes acariciavam a paisagem e uma tênue vista da silhueta da cidade podia ser vista no horizonte. Enquanto o homem da cama perto da janela descrevia isto tudo com extraordinário pormenor, o homem no outro lado do quarto fechava os seus olhos e imaginava a pitoresca cena.
Um dia, o homem perto da janela descreveu um desfile que ia a passar, embora o outro homem não conseguisse ouvir a banda, e conseguia vê-la e ouvi-la na sua mente, enquanto o outro senhor a retratava através de palavras bastante descritivas. Dias e semanas passaram.
Uma manhã, a enfermeira chegou ao quarto trazendo água para os seus banhos, e encontrou o corpo sem vida do homem perto da janela, que tinha falecido calmamente enquanto dormia. Ela ficou muito triste e chamou os funcionários do hospital para que levassem o corpo.
Logo que lhe pareceu apropriado, o outro homem perguntou se podia ser colocado na cama perto da janela. A enfermeira disse logo que sim e fez a troca. Depois de se certificar de que o homem estava bem instalado, a enfermeira deixou o quarto. Lentamente, e cheio de dores, o homem ergueu-se, apoiado no cotovelo, para contemplar o mundo lá fora. Fez um grande esforço e lentamente olhou para o lado de fora da janela, que dava, afinal, para uma alta parede de tijolos...
O homem perguntou, então, à enfermeira o que teria feito com que o seu falecido companheiro de quarto lhe tivesse descrito coisas tão maravilhosas do lado de fora da janela.
A enfermeira respondeu que o homem era cego e nem sequer conseguia ver a parede. Talvez ele quisesse apenas lhe dar coragem...
Moral da História:
Há uma felicidade tremenda em fazer os outros felizes, apesar dos nossos próprios problemas.
A dor partilhada é metade da tristeza, mas a felicidade, quando partilhada, é dobrada.
Se queres te sentir rico, conta todas as coisas que tens que o dinheiro não pode comprar.
O dia de hoje é uma dádiva, por isso, é que o chamam de presente!!!
Tenha um dia lindo! Seja feliz hoje e sempre...
"A pressa faz errar o caminho, a calma pode desfazer grandes erros."

22 de setembro de 2006

Uma música pra mim

Encontrei uma música, parece que foi feita pra mim.
Ainda não ouvi, mas sua letra é linda e simboliza o momento que estou vivendo.
Chama-se "Meu jardim" e foi escrita por um músico chamado Vander Lee

Tô relendo minha lida, minha alma, meus amores
Tô revendo minha vida, minha luta, meus valores
Refazendo minhas forças, minha fonte, meus favores
Tô regando minhas folhas, minhas faces, minhas flores

Tô limpando minha casa, minha cama, meu quartinho
Tô soprando minha brasa, minha brisa, meu anjinho
Tô bebendo minhas culpas, meu veneno, meu vinho
Escrevendo minhas cartas, meu começo, meu caminho
Estou podando meu jardim
Estou cuidando de mim