27 de abril de 2010

Quem pode me responder?

Lu Tadora?


Eu te conheço muito bem, já ouvi suas histórias antes. Sempre muito dramática e passional. Parece que vive todas as emoções com a maior intensidade. Nem sei porque não consegue reconhecer seu próprio valor e nem comemora suas vitórias.
Bem vejo que você não teve tempo suficiente para se vangloriar ou aproveitar o sucesso de suas conquistas. Afinal, enquanto houver luta você estará vivendo como boa sobrevivente que é. Penso que não deveria se conformar apenas em suportar as pressões, se adaptar às mudanças e sobreviver às batalhas diárias. Você deveria olhar para si mesma e reconhecer suas competências e qualidades pessoais. Outras pessoas que estivessem no seu lugar já teriam sucumbido, desistido ou apenas abandonado a luta.
Concordo que não se dê por satisfeita com o mínimo necessário, acho justo que tenha ambição e almeje uma vida com qualidade, mas não precisa sempre ficar se recriminando pelos erros do passado e pelo insucesso nas campanhas nas quais ainda não estava preparada ou que não tinha recursos suficientes.
Não é sua culpa ter sido resultado de um “acidente”. Seus pais não estavam preparados para recebê-la e aceitá-la como era. Não se culpe por ter desejado permanecer viva num mundo inseguro e inconstante. Sua força de vida sempre foi uma qualidade única e pouco encontrada nas pessoas não resilientes.
Desejar crescer e conhecer o mundo ao seu redor pode ter sido motivação suficiente para que buscasse o próximo passo, desafio ou apenas o dia seguinte. Acordar pela manhã e buscar curiosa o significado ou função daquele ruído, cor, mecanismo...
Rastejar, segurar, erguer-se e andar em direção ao outro que não te busca deve ter sido difícil. Procurar algum olhar que te garantisse a sensação de bem-querer pode muitas vezes ter custado um esforço sobre-humano ou sobrenatural.
As palavras de derrota e crítica não puderam te deter em sua caminhada em busca do conhecimento. Mesmo nos momentos mais confusos e perdidos de sua escalada em direção à vida adulta não ficaste parada ou conformada com sua sina de ser uma humana em constante evolução.
Seu corpo por muitas vezes te forçou a dar “paradas” estratégicas. Sua carne é fraca e não suporta os intensos castigos que você mesma se infligiu à medida em que buscava se adaptar às necessidades da sua família. A sabedoria da natureza te obrigou, de tempos em tempos, a repousar sua cabeça no travesseiro mesmo que estivesse totalmente molhado por suas lágrimas silenciosas.
Justiça, proteção, amparo parecem ter sido as últimas palavras a serem incluídas no seu vocabulário. AMOR? Quatro letras que até “ontem” pareciam ser um mistério. Temos que reconhecer, sua resistência parece não ter fim, mas sua paciência às vezes até acaba. A intolerância sempre volta a te perseguir na pessoa de algum daqueles que deveriam ser seus entes mais queridos.
O mundo que te trouxe até aqui foi suficientemente interessante?
Como conseguiu manter sua curiosidade incessante?
Às vezes te cansou sua busca?
Está valendo a pena?

20 de abril de 2010

Bem Vindos!

Caros leitores,


Há algum tempo estou sem internet em casa e não tenho podido escrever neste blog com a frequência que aprecio. Gosto muito de escrever e de compartilhar informações e aprecio bastante os comentários dos visitantes e amigos. Àqueles que me visitam pela primeira vez talvez não saibam quem eu sou ou como eu penso. Se quiserem conhecer um pouco mais da pessoa que lhe escreve, sugiro que façam uma visita às páginas mais antigas que foram escritas a partir de 2005.
Tenho algumas padronizações que utilizo neste espaço de comunicação:
Com relação às cores: 
- A cor rosada marca os textos em que faço citação, poesias, letras de música e outras coisas que não foram escritas por mim.
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