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2 de abril de 2022

Não sei ...

Quem me dera eu pudesse pensar só em mim mesma e fazer apenas o que eu tivesse vontade...

Nem sei porque preciso viver nesse ritmo tão lento!..

Queria acelerar, andar a passos largos como quando eu caminho, mas preciso respirar, aceitar que meu corpo precisa de cuidados. Já não tenho 20 anos, naquela época eu conseguia impor um ritmo intenso pra conseguir alcançar minhas metas. Caprichava no hiperfoco, não precisava comer e nem dormir, só me esforçar pra atender meus objetivos. 

Consegui! 

Alcancei meus próprios limites, fui além. Realizei sonhos que eu pensava serem meus... Fiquei orgulhosa do meu sucesso e conquistas. 

Mas depois, percebi que "não era bem isso que eu queria" e foi necessário abandonar aquelas divisas e começar novamente do início...

Muitos sonhos realizados depois, quando me encontro cansada e triste, percebo que lutei e venci batalhas que não eram minhas...

As pessoas que foram atendidas pelo meu esforço e sacrifício já não sonhavam aqueles sonhos que consegui realizar e a gratidão não veio. "Você fez aquilo tudo porque quis, eu não pedi nada disso!"

Fracassei tentando ajudar entes queridos a alcamçarem seus sonhos e realizações. Pensei que seria feliz se fizesse exatamente o que me pediam, mas me frustrei ao perceber que as pessoas não sabiam o que queriam.

Gastei tempo, força e energia com a sobrevivência enquanto pensava que estava fazendo o bem. Mas não tinha ninguém fazendo o mesmo por mim.

Agora que acordei do pesadelo aque se tornou minha vida insana e corrida, não sei mais o que fazer? Não me conheço mais, pois não sou a menina que fui e nem me tornei a pessoa que desejava ser.

Tenho frutos pra colher, plantei e trabalhei bastante pra cuidar da minha horta e pomar, mas estou sem energia para transformar os frutos em alimentos e recursos pra minha alma faminta dos afetos que disperdicei com as pessoas que se foram em busca de seus próprios sonhos.

Agora que parei, acordei, abri meus olhos e ouvidos só ouço minha carne rangendo e doendo a falta de cuidados próprios.

Busco ajuda e todos são unânimes em confirmar:

"Cuide-se! Agradeça! Conect-se consigo mesma... " 

Minha mente, corpo e espírito anseiam pelos cuidados que dediquei aos outros!

LuelenaDolls

3 de dezembro de 2021

Minha história educativa 2

Uma história sobre enganos e frustrações...

Eu tinha muita curiosidade e tudo queria saber.

Ficava fascinada enquanto andava pela cidade e olhava em redor, por todo lado via figuras e letras, grandes, pequenas ou coloridas. 

Tinha descoberto o mundo, e fazia questão de demonstrar que sabia decifrar aquele montão de sinais. 

Não existiam mais mistérios para mim, lia revistas, livros e até bulas de remédio. 

Se perguntasse a alguém alguma coisa e não obtinha uma resposta válida buscava enciclopédias e dicionários.

Pensando bem, não me recordo do nome de professores e mestres, porém, lembro bem das dificuldades e desafios que me mantinham sempre em alerta para descobrir  coisas novas. 

Talvez este esquecimento seja um mecanismo protetor para mim ou para aqueles que me provocavam, estimulavam, frustraram ou simplesmente não fizeram diferença na minha ambição de ler e compreender o mundo em que eu vivia.

Mais que ler, o desafio maior era reproduzir aquelas palavras, desenhar as letras, ou escrever o que tivesse vontade de comunicar. 

Minha primeira frustração escolar foi por volta da segunda série primária, estudei em uma escola pequena e simples em que muito pouco eu aprendia de novo, muitos exercícios de ditado e copiar números e letras. 

Preenchia muitas laudas de cadernos quadriculados ou pautados, tinha muita determinação, minha mão e punho doíam, mas eu só parava quando via a tarefa concluída.

Pois bem, tirava boas notas e fazia sucesso na escola, quando aprendi a teoria da relatividade. 

Muito antes de conhecer o famoso Einstein, eu sofri uma grande perda quando meu pai me levou a uma famosa escola católica que por sorte era bem perto de nossa casa. 

Fiz uma prova para ser admitida na terceira série. 

Cheia de alegria, pensei que seria muito fácil, pois eu sabia responder todas as perguntas e resolver todos os exercícios que os professores da minha escola faziam. Ledo engano! 

Quando vi aquelas páginas de prova, repletas de palavras que nunca tinha lido e contas de multiplicar e dividir eu suei, sofri e chorei. 

Todo meu esforço tinha sido em vão. Como eles ousavam fazer aquele tipo de pergunta a uma criança de sete anos? 

Eu nunca tinha visto na minha vida continhas de somar com três números e ainda não tinha decifrado aquele negócio de divisão.

Não fui aprovada, e logo me vi matriculada numa escola municipal, mas nunca me conformei com aquele resultado. 

Esforcei-me e busquei aprender tudo o que podia, lia os livros da orelha à contracapa, adorava aqueles que traziam um glossário ao final. 

Completei a terceira e a quarta série tendo em mente que ainda estudaria naquela escola que ficava vizinha de muro com a minha casa. 

Pedi ao meu pai que me levasse novamente lá para fazer a prova para a quinta série e obtive êxito.

Finalmente fui admitida e finalmente eu assimilei que tudo depende do referencial: na primeira escola eu era ótima, mas não aprendia nada; na segunda escola eu não me limitei ao conteúdo oferecido pelos professores, já não confiava na competência deles.

Naquela escola que era reconhecida pela boa formação, muitos e maiores desafios eu encontrei, e muito mais que isso, professores preparados, material didático e recursos muito interessantes, uma biblioteca incrível, aulas de artes e música. 

Valeu a pena o esforço! 

Descobri porque era necessário fazer prova pra entrar, era por causa da bolsa de estudos, sem essa oportunidade meu pai não poderia me matricular. 

Aproveitei bastante! 

Aprendi, então, que meu pai não tinha podido completar os estudos e sonhava em dar essa oportunidade as suas filhas.

16 de outubro de 2021

Minha história dá um livro?

 Minha breve história...

        Sou Luiza Helena, tenho 55 anos, moro em Brasília, nasci no Rio de Janeiro e fui criada em Nova Friburgo.

Fui uma criança que viveu muitas faltas, mas sobrevivi principalmente utilizando mecanismos adaptativos. Cresci seguindo comandos e atendendo expectativas.

Muito curiosa e criativa, sempre quis entender o mundo e as pessoas. Estudei, li e aprendi muitas coisas, principalmente a ser útil e agradar as pessoas para que me quisessem por perto. Queria ser querida.

Pensando estar conquistando meus sonhos com meus esforços, consegui uma profissão que após vários concursos públicos me garantiu a sobrevivência até hoje. Sou servidora pública, técnica em enfermagem e já conquistei o direito de me aposentar.

Casei-me pela primeira vez, tive duas filhas e apreciei cada momento da infância delas, larguei a faculdade de psicologia quando ganhei a mais velha em 1991. Só voltei à faculdade quando a mais nova já estava com 10 meses e assumi um concurso público federal que me garantia creche e me permitia voltar a pagar a faculdade em 1994.

Concluí a graduação em 1998, uns 11 anos após o início, mas eu sabia que queria ser psicóloga e ajudar as crianças a serem ouvidas. Sempre acreditei que as crianças tinham muito a dizer, pois eu quando criança tinha muito a falar e adoraria ser ouvida.

Deprimi quando aconteceu o divórcio após 16 anos de relacionamento e minhas filhas já adolescentes decidiram ir morar com o pai. Foi o início da importância do crochê na minha vida e quando comecei a criar as roupas de bonecas. Além das ajudas tradicionais, psiquiatras e psicoterapia, o crochê foi uma ferramenta de conexão com minha criança e menina que gostava de brincar com bonecas.

Continuei no serviço público como técnica em enfermagem até hoje, mas exercendo múltiplas funções e atividades, vivia atribulada e cansada. Utilizando o artesanato como ferramenta de criatividade participei de feiras e associações, conheci muitas pessoas e desenvolvi minha arte. O Facebook e o Instagram surgiram como ferramenta de divulgação.

By Luelena foi o nome que dei a este blog que escrevi a partir de 2005 por recomendação da psicóloga, deveria escrever textos contando minhas vivências e sentimentos. Redescobri que gosto de escrever, fui blogueira, cheguei a participar de várias blogagens coletivas e ajudar muitas pessoas que se identificavam com os meus escritos. Descobri que quando falo dos meus sentimentos verdadeiros minhas reflexões alcançavam o coração de muitas pessoas que comentavam e interagiam comigo.

Abandonei o blog quando “melhorei” da depressão clínica, voltei a sair e a namorar. Conheci uma pessoa especial e vivi uma linda história de amor com começo, meio e fim. Superei diversos traumas e vivi intensamente o papel de mulher e esposa, foi o segundo casamento.

Hoje me arrependo de ter parado de escrever e me afastado do mundo das letras. Volta e meia o sonho de escrever um livro e contar minhas histórias aparece na minha mente, mas sempre acabei priorizando as demandas da família, trabalho e amigas. Acho que muitos momentos vivi no automático, como um zumbi, atendendo as expectativas e recebendo as migalhas de afeto e retribuição que eu considerava merecidas.

Ao longo do primeiro casamento tinha feito vários cursos e especializações em psicoterapia infantil, mas não tinha iniciado o atendimento em clínica particular por falta de segurança em minha competência. Buscando resgatar o sonho de ser psicóloga infantil, comecei o curso de Psicodrama que me garantiu estágio e início da prática supervisionada em clínica infantil. Vivi muitos encontros verdadeiros com crianças pequenas que perceberam minha espontaneidade e criatividade. Utilizava meu corpo inteiro para efetuar a escuta atenta e ativa, também várias técnicas lúdicas e recursos terapêuticos, as crianças responderam se desenvolvendo e desabrochando a olhos vistos. Dessa forma comecei a ajudar as crianças e suas famílias.

Em 2016 fiquei sabendo de uma criança na minha família materna que estava em situação de risco e abandono. Atendendo ao pedido da minha mãe, fui ao Rio de Janeiro buscar S. com sete anos para minha vida. As duas filhas adultas moravam comigo e me ajudaram nos cuidados iniciais da criança que apresentava muitos traumas e dificuldades afetivas. Foi quando decidi abandonar o consultório particular que compartilhava com minhas colegas, deixei de ajudar as crianças a serem ouvidas por seus pais e famílias.

Me senti insegura, minha S. precisava de muita dedicação e apoio para sua recuperação e desenvolvimento. O desafio foi maior do que eu imaginava. Desde então, sinto falta e culpa por deixar de atender no consultório. Pensei que eu era uma fraude, já que tinha orientado diversos pais com sucesso, mas não estava conseguindo fazer o mesmo por ela.

Em 2019 fiz uma cirurgia plástica muito sonhada e planejada para melhorar meu bem-estar com o corpo após o emagrecimento com a bariátrica. Mas como em outras ocasiões tive meu processo de recuperação interrompido pela necessidade e demanda de pessoas queridas. Minha mãe foi atropelada por uma bicicleta e ficou internada aguardando cirurgia ortopédica no braço.

Minhas filhas ficaram com minha mãe no hospital e não consegui cumprir o resguardo recomendado pelo cirurgião, pois fiquei cuidando de S. Como consequência tive complicações na ferida cirúrgica e me senti muito mal e mau. Quando minha mãe saiu de alta após a cirurgia no braço, veio ficar na minha casa, mas eu ainda estava com a barriga “aberta” e vazando secreções. Me senti péssima e impotente.

Graças a Deus e muitos curativos, me recuperei em tempo de acompanhar uma de minhas filhas na cirurgia de retirada de miomas uterinos que a faziam sangrar e ficar com anemia, ela tinha só 28 anos. A cirurgia foi um sucesso! Não foi preciso remover todo o útero e “quebrou” a história familiar. Minha mãe precisou remover o útero (histerectomia) aos 38 anos, eu também sofria do mesmo problema e foi preciso fazer o procedimento aos 36 anos.

Ainda em 2019 minha mãe sofreu uma crise de vesícula e foi internada. Fiquei acompanhando durante os 21 dias, mas infelizmente ela possuía diversos fatores agravantes e faleceu em 12 de agosto após muito sofrimento. 

A depressão bateu na minha porta novamente...

O pai das minhas filhas maiores decidiu morar em Florianópolis buscando qualidade de vida após superar um câncer e ter sua função renal totalmente prejudicada após a quimioterapia. As duas foram morar com ele na nova cidade, e nem considerei evitar pois sabia que ele precisava muito da ajuda das duas.

Fiquei sozinha com S.,  cheia de desafios, conflitos e luto. Me senti abatida e impotente. Após várias situações e com ajuda da conselheira tutelar S. foi matriculada numa escola em período integral e pude retornar a trabalhar, pois já tinha tirado todas as férias e licenças possíveis.

Foi então que em 2020 começou a pandemia... 

Outro dia eu conto mais...

@by_luelena

27 de abril de 2010

Quem pode me responder?

Lu Tadora?


Eu te conheço muito bem, já ouvi suas histórias antes. Sempre muito dramática e passional. Parece que vive todas as emoções com a maior intensidade. Nem sei porque não consegue reconhecer seu próprio valor e nem comemora suas vitórias.
Bem vejo que você não teve tempo suficiente para se vangloriar ou aproveitar o sucesso de suas conquistas. Afinal, enquanto houver luta você estará vivendo como boa sobrevivente que é. Penso que não deveria se conformar apenas em suportar as pressões, se adaptar às mudanças e sobreviver às batalhas diárias. Você deveria olhar para si mesma e reconhecer suas competências e qualidades pessoais. Outras pessoas que estivessem no seu lugar já teriam sucumbido, desistido ou apenas abandonado a luta.
Concordo que não se dê por satisfeita com o mínimo necessário, acho justo que tenha ambição e almeje uma vida com qualidade, mas não precisa sempre ficar se recriminando pelos erros do passado e pelo insucesso nas campanhas nas quais ainda não estava preparada ou que não tinha recursos suficientes.
Não é sua culpa ter sido resultado de um “acidente”. Seus pais não estavam preparados para recebê-la e aceitá-la como era. Não se culpe por ter desejado permanecer viva num mundo inseguro e inconstante. Sua força de vida sempre foi uma qualidade única e pouco encontrada nas pessoas não resilientes.
Desejar crescer e conhecer o mundo ao seu redor pode ter sido motivação suficiente para que buscasse o próximo passo, desafio ou apenas o dia seguinte. Acordar pela manhã e buscar curiosa o significado ou função daquele ruído, cor, mecanismo...
Rastejar, segurar, erguer-se e andar em direção ao outro que não te busca deve ter sido difícil. Procurar algum olhar que te garantisse a sensação de bem-querer pode muitas vezes ter custado um esforço sobre-humano ou sobrenatural.
As palavras de derrota e crítica não puderam te deter em sua caminhada em busca do conhecimento. Mesmo nos momentos mais confusos e perdidos de sua escalada em direção à vida adulta não ficaste parada ou conformada com sua sina de ser uma humana em constante evolução.
Seu corpo por muitas vezes te forçou a dar “paradas” estratégicas. Sua carne é fraca e não suporta os intensos castigos que você mesma se infligiu à medida em que buscava se adaptar às necessidades da sua família. A sabedoria da natureza te obrigou, de tempos em tempos, a repousar sua cabeça no travesseiro mesmo que estivesse totalmente molhado por suas lágrimas silenciosas.
Justiça, proteção, amparo parecem ter sido as últimas palavras a serem incluídas no seu vocabulário. AMOR? Quatro letras que até “ontem” pareciam ser um mistério. Temos que reconhecer, sua resistência parece não ter fim, mas sua paciência às vezes até acaba. A intolerância sempre volta a te perseguir na pessoa de algum daqueles que deveriam ser seus entes mais queridos.
O mundo que te trouxe até aqui foi suficientemente interessante?
Como conseguiu manter sua curiosidade incessante?
Às vezes te cansou sua busca?
Está valendo a pena?

8 de julho de 2009

Refletindo sobre Resiliência

Alguns temas que acho interessante estão sempre voltando à minha mente. Uma das coisas que mais me dá prazer é aprender, por isso estou sempre pesquisando e buscando novos conhecimentos. Esta semana uma pessoa fez um comentário aqui no blog na postagem sobre resiliência "Como eu gostaria de ser deste jeito!".
Apesar de anônimo, o comentário me sensibilizou, e para ajudar a esclarecer um pouco mais, estou postando um texto de uma colaboradora da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) que achei interessante.
RESILIÊNCIA

Professora Sandra Maia Farias Vasconcelos, Dr.

Há mais de quarenta anos, a ciência tem-se interrogado sobre o fato de que certas pessoas têm a capacidade de superar as piores situações, enquanto outras ficam presas nas malhas da infelicidade e da angústia que se abateram sobre elas como numa rede engodada. Por que certos indivíduos são capazes de se levantar após um grande trauma e outros permanecem no chamado fundo do poço, incapazes de, mesmo sabendo não ter mais forças para cavar, subir tomando como apoio as paredes desse poço e continuar seu caminho?
As experiências e estudos feitos têm mostrado algumas explicações científicas sobre esse fato. A biologia defende o ponto de vista de que cada ser humano é dotado de um potencial genético que o faz ser mais resistente que outros. A psicologia, por sua vez, dá realce e importância das relações familiares, sobretudo na infância, que construirá nesse indivíduo a capacidade de suportar certas crises e de superá-las. A sociologia vai fazer referência à influência do entorno, da cultura, das tradições como construtores dessa capacidade do indivíduo de suplantar as adversidades. A teologia traz um aporte diferente pela própria subjetividade transcendente, uma visão outra da condição humana e da necessidade do sofrimento como fator de evolução espiritual: o célebre “dar a outra face”.
Mas foi o cotidiano das pessoas que passam por traumas, que realmente atravessam o vale das sombras, o que realmente atraiu a curiosidade de cientistas do mundo inteiro. Não são personagens de ficção que se erguem após a grande queda; são homens, mulheres, crianças, velhos, o indivíduo comum do mundo que retoma sua vida após a morte de um filho, a perda de uma parte de seu corpo, a perda do emprego, doenças graves, físicas ou psíquicas, em si mesmo ou em alguém da família, razões suficientes para levar um indivíduo ao caos. Esses que são capazes de continuar uma vida de qualidade, sem autopunições, sem resignação destruidora, que renascem dos escombros, esses são seres resilientes.
A resiliência é um termo oriundo da física. Trata-se da capacidade dos materiais de resistirem aos choques. Esse termo passou por um deslizamento em direção às ciências humanas e hoje representa a capacidade de um ser humano de sobreviver a um trauma, a resistência do indivíduo face às adversidades, não somente guiada por uma resistência física, mas pela visão positiva de reconstruir sua vida, a despeito de um entorno negativo, do estresse, das contradições sociais, que influenciam negativamente para seu retorno à vida. Assim, um dos fatores de resiliência é a capacidade do indivíduo de garantir sua integridade, mesmo nos momentos mais críticos.
Não se é resiliente sozinho, embora a resiliência seja íntima e pessoal. Um dos fatores de maior importância é o apoio e o acolhimento, feito em geral por um outro indivíduo, e essencial para o salto qualitativo que se dá. Alguns autores nomearam essas pessoas: Flash chamou-o mentor de resiliência; Cyrulnik chamou-o tutor de resiliência; muito antes Bolwby chamou-o figura de apego. Denominações a parte, a resiliência ganha hoje seu espaço na pesquisa em ciências humanas, médicas, sociais, administrativas etc.
Mas não se forma um mentor/tutor/figura de apego. Não se pode dizer que alguém vai ser a partir de agora esse indivíduo que vai chegar para operar o milagre. A resiliência é, na verdade, o resultado de intervenções de apoio, de otimismo, de dedicação e amor, ideias e conceitos que entram sorrateiramente nas ciências como causa e efeito, intervenção e resultado, hipótese e tese de que as relações intra e inter-humanas são relações que ultrapassam o rigor do empirismo para encontrar o acaso.
Fonte: VASCONCELOS, Sandra Maia Farias. Anais do 58ª Reunião Anual. SBPC. Disponível em:
http://www.sbpcnet.org.br/livro/57ra/programas/CONF_SIMP/textos/sandravasconcelos-resiliencia.htm

21 de maio de 2009

Você conhece a lenda do rito de passagem da juventude dos índios Cherokees?

Recebi esta mensagem por e-mail e fiquei frustrada após pesquisa na internet buscando saber a fonte original deste material que desperta reflexão tão importante.
Resolvi compartilhar e solicito aos leitores a colaboração: se alguém souber o autor das fotos e do texto gostaria que me informasse para esclarecimento e devido respeito aos direitos autorais.
O pai leva o filho para a floresta durante o final da tarde, venda-lhe os olhos e deixa-o sozinho...
O filho se senta sozinho no topo de uma montanha toda a noite e não pode remover a venda até os raios do sol brilharem no dia seguinte.
Ele não pode gritar por socorro para ninguém.
Se ele passar a noite toda lá, será considerado um homem.
Ele não pode contar a experiência aos outros meninos porque cada um deve tornar-se homem do seu próprio modo, enfrentando o medo do desconhecido.
O menino está naturalmente amedrontado.
Ele pode ouvir toda espécie de barulho.
Os animais selvagens podem, naturalmente, estar ao redor dele.
Talvez alguns humanos possam feri-lo.
Os insetos e cobras podem vir picá-lo.
Ele pode estar com frio, fome e sede.
O vento sopra a grama e a terra sacode os tocos, mas ele se senta estoicamente, nunca removendo a venda.
Segundo os Cherokees, este é o único modo dele se tornar um homem.
Finalmente...

Após a noite horrível, o sol aparece e a venda é removida.
Ele então descobre seu pai sentado na montanha perto dele.
Ele estava a noite inteira protegendo seu filho do perigo.
Nós também nunca estamos sozinhos!
Mesmo quando não percebemos, Deus está olhando por nós... "sentado ao nosso lado".
Quando os problemas vêm, tudo que temos a fazer é confiar que ELE está nos protegendo...
Moral da história: Apenas porque você não vê Deus, não significa que Ele não esteja com você.

8 de março de 2008

Quem é a Mulher Brasileira?

Luiza Helena 
Uma sonhadora, lutadora, empreendedora, resiliente, persistente, vencedora, desbravadora, cientista, criativa, inovadora, revolucionária, trabalhadora, conquistadora, perseverante...
Queria ter palavras sufucientes e adequadas para listar todas as qualidades da mulher brasileira!
Precisaria de muito mais do que 365 dias para enumerar todo o talento e valor de cada uma!



Sinto orgulho de ser e de participar deste movimento de mobilização e valorização da mulher!
Acredito que a informação e a conscientização são ingredientes indispensáveis para fortalecer a imagem e a cultura, reconhecer nossos talentos naturais e principalmente, fazer justiça àquelas mulheres que nos dão diariamenrte exemplos de ousadia e coragem sendo ao mesmo tempo mulher, mãe e profissional, trabalhando para crescimento e desenvolvimento da família e desafiando crises, conflitos, limitações e dificuldades da sociedade brasileira.

6 de fevereiro de 2008

Posso trocar a velha janela aberta por esse caminho verde!

Luiza Helena
Eu Posso!!

Tenho certeza que os melhores momentos estão chegando! Trazendo dias ensolarados e tranquilos, e até chuvosos e úmidos.
Vejo minhas filhas alegres e barulhentas como os pássaros que insistem em me chamar pra vida!
Posso finalmente passear neste lugar verde por todos os lados; ouço, enfim, o som suave do pequeno riacho que corre faceiramente pelo leito estreito de pedras. Mergulho na água transparente e gelada!
Sinto o aroma das flores desabrochando; respiro ar puro, fresco e úmido.
Saboreio as frutas maduras como fazem as crianças doces...
Sem me importar se é fantasia ou realidade, sento à sombra desta agradável varanda,

Fico entusiasmada enquanto escrevo estas palavras insistentes que teimam em escorrer por entre meus dedos enquanto tento segurá-las...
Posso sentir a brisa soprar suavemente
e as nuvens cinzentas e insistentes anunciando
a próxima chuva que vai levar embora meus pensamentos tristes ...

Eu Posso!!

4 de janeiro de 2008

Hoje nem sei o que falar, mas no dia 27/12/2005 eu dizia...

"Hoje o dia amanheceu até bonitinho, mas logo apareceram aquelas nuvens cinza escuro, pra não dizer negras. Já perceberam como às vezes o dia parece cinza mesmo antes de chover?
Estou falando não só do tempo físico, temperatura e previsão do tempo; mas, do clima emocional. Meus sentimentos às vezes se parecem com a natureza, ou serão influenciados pela estação do ano?
No dia ensolarado, parece que fico um pouco mais alegre, aberta a novas experiências, com expectativas otimistas... Não sei como dizer... Quando estou triste, parece que vejo tudo à minha volta como se fosse cinzento, negativo. Se chover então...
Penso que às vezes esse fenômeno também acontece ao contrário, se estou meio triste, meio nervosa, ou meio alguma coisa, diversas outras coisas acontecem... Se não melhorar, piora tudo de uma vez. Não pensem que estou pessimista, mas especialmente sensível a perceber as nuvens cinzas do céu.
Entendo que a internet, ou blogosfera existe pra se colocar idéias, pensamentos, argumentos e discussões. Aproveitando, estou colocando aqui o que me perturba para não precisar mais pensar sobre isso. Estou esvaziando minha cabeça dos pensamentos "trouxas" que eu teimo em carregar comigo.
Sei que o mundo é colorido, cinzento, branco ou negro, dependendo de quem olha, e como olha. Concordo quando dizem que colhemos o que plantamos, mas às vezes gostaria de ter a sabedoria de reconhecer os tipos de semente, aprender a discernir as boas das ruins. Para não cometer duas vezes o mesmo erro de plantar espinho em vez de flores."

Será possível?

As flores e os espinhos se completam. Onde nasce a pedra, nasce também o inatingível, a beleza de uma tarde sertaneja, da correnteza da chuva que acabou de cair. Nada é só pedra, nada é só espinho. Disponível em: http://cultura-na-moda.blogspot.com/

16 de outubro de 2007

O que é resiliência?

Resiliência é um conceito que se refere à propriedade de alguns materiais, de acumular energia quando exigidos ou submetidos a estresse, voltando em seguida ao seu estado original, sem qualquer deformação - como um elástico ou uma vara de salto em altura, que se verga até um certo limite sem se quebrar e depois retorna com força, lançando o atleta para o alto.
Resiliência para a física é, portanto, a capacidade de um material voltar ao seu estado normal depois de ter sofrido pressão.
A psicologia tomou emprestada essa imagem, definindo resiliência como a capacidade do indivíduo lidar com problemas, superar obstáculos ou resistir à pressão de situações adversas (choque, estresse ou trauma) sem entrar em surto psicótico.

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Resiliência