Mostrando postagens com marcador poesia. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador poesia. Mostrar todas as postagens

15 de março de 2022

Hoje eu só quero paz!


Eu nem sei o que eu quero fazer?

Penso às vezes que não quero nada!

Mas na verdade eu só quero paz!

Quero amor e paz!

Eu pensei que tivesse que compartilhar todos os momentos com alguém, mas na verdade percebi que só eu posso ser minha melhor companhia!

Sério!?!

Só eu sei quando quero o silêncio ou a palavra.

Só eu sei qual o momento de ação ou pausa!

Somente eu posso acertar qual a minha música, meu momento, meu instante!

Qual o ritmo? qual a frequência? qual harmonia?

Só eu mesma posso me fazer feliz!

Só preciso sentir meu corpo e atender as minhas verdadeiras necessidades!

Mais rápido! Mais lento? Mais açúcar ou mais sal? Mais sol ou mais vento?

Nem sei porque demorei tanto tempo para virar essa chave e começar a me permitir?

Viver meu melhor momento de cada vez!

Só eu mesma posso me fazer feliz!

@By_Luelena

3 de outubro de 2011

Só pra matar a saudade!

Uma poesia linda!
De Cora Coralina
Se temos de esperar,
que seja para colher a semente boa
que lançamos hoje no solo da vida.


Se for para semear,
então que seja para produzir
milhoes de sorrisos,
de solidariedade e amizade.

Uma gentil colaboração da minha  amiga Grace Olsson
Façam uma visita e apreciem uma maravilhosa coleção de textos e fotos pois ela é uma verdadeira artista.
No blog: http://graceolsson.com/blog

PS.: Eu estou bem!
Envolvida com projetos presenciais, sem querer, me afastei da vida virtual,  dos amigos e escritos.
O Senhor, que sabe de todas as coisas, está me provendo ótimas oportunidades de vivenciar momentos e relacionamentos que em breve se transformarão em novas histórias ou poemas.
Deus nos abençoe!

25 de agosto de 2010

O que é Solidão?

Eu sempre pesquiso a fonte das mensagem e textos que recebo por e-mail e faço questão de anunciar o verdadeiro autor.  O poema "Solidão" que consta nos livros "Palavras para entorpecer o coração" e "Ecos da Alma" da poetisa Fátima Irene Pinto, é indevidamente creditada por algumas fontes ao escritor e músico Chico Buarque de Holanda.

Solidão
Solidão não é a falta de gente para conversar, namorar, passear ou fazer sexo... Isto é carência.
Solidão não é o sentimento que experimentamos pela ausência de entes queridos que não podem mais voltar... Isto é saudade.
Solidão não é o retiro voluntário que a gente se impõe, às vezes, para realinhar os pensamentos... Isto é equilíbrio.
Solidão não é o claustro involuntário que o destino nos impõe compulsoriamente para que revejamos a nossa vida... Isto é um princípio da natureza.
Solidão não é o vazio de gente ao nosso lado... Isto é circunstância.
Solidão é muito mais do que isto.
Solidão é quando nos perdemos de nós mesmos e procuramos em vão pela nossa alma....


Fontes: http://www.romantichome.net/solidao.htm
http://pt.wikipedia.org/wiki/F%C3%A1tima_Irene_Pinto
http://www.ligia.tomarchio.nom.br/ligia_amigos_fatima.htm
http://www.romantichome.net/palavrasparaentorpecerocoracao.htm

21 de maio de 2010

Essa vale ler e guardar!

Busca
Cora Coralina

Tenho encontrado muitas pessoas, porém não encontro gente...
Há um vazio dentro de cada um, um processo de fechamento em sentimentos.
Encontro sorrisos, porém daqueles que expõem apenas os dentes, mas não a alma.
Encontro verdadeiras tocaias, e não corações.
Reservas insistentes da solidão.
Tenho encontrado pessoas medrosas, indecisas, escondendo-se de si mesmas.
Pessoas que dizem: "Não sei... Não sei se quero... Não sei se posso..."
Quando sabem exatamente o que querem e o que buscam, e não se arriscam ao menor impulso.
Pessoas duras, escuras, impossibilitadas de amar.
Estas, cansei de encontrar...
Busco por gente que empreste o ombro, que não tenha medo de dizer que levou um tombo.
Busco por gente que assuma que amar traz sofrer, e, com esta certeza, não venham a se esconder.
Busco por gente que tenha a experiência de sobrevivente de guerra.
Busco por gente, que de tanto caminhar, não tenha receio de dizer que seus pés ainda têm muito por machucar.
Quero gente de coragem para comigo conversar.
Gente que saiba que máscaras não dão mais para usar, e sendo seu perfil interno, branco ou preto, tenha a dignidade de revelar.
Busco por gente que chore livremente, sem preconceitos pelas lágrimas derramadas.
Quero gente que saiba exatamente para onde está indo e o que deseja encontrar, mesmo que esta busca jamais venha alcançar.
Busco por gente,"Seres Humanos", que saibam se doar, estes eu anseio por encontrar.
Gente que saiba até ferir se precisar, mas que seja valente em seu ato para não mais enganar, a quem quer que seja, e a si próprio.
Gente de decisão, sem argumento para esconder, escusas ações.
Quero gente que é gente, que mostra a cara, vai à luta e dorme contente.
É desta gente que eu preciso!
Gente liberta, que me dêem um canto em seu colo e saibam me acariciar, sem tempo, sem hora e em qualquer lugar.


Nem preciso explicar porque sou super-fã desta poetisa legitimamente brasileira. Ainda vou conhecer mais profundamente sobre sua vida e obra, enquanto isso, vou divulgando por aqui pra quem quiser!
Vale uma visita nos sites:
- Wikipédia - http://pt.wikipedia.org/wiki/Cora_Coralina
- Associação Casa de Coralina - http://www.casadecoracoralina.com.br/home.html

20 de setembro de 2009

Ontem? Hoje? Quando?

Ana Luiza de Jesus Alves

Não sei se aproveitei
meu tempo hoje
Vi murchando pétalas
ontem tão lindas

O mundo está mudando
o branco de ontem é bege
O rio que passava aqui
da lugar a um estacionamento

Para não ser esquecida, escrevo
Para deixar minha marca, vivo
E enquanto o mundo se apaga
relembro o breve que se dissolveu.

6 de agosto de 2009

Citar a fonte não dói!

Fiquei com uma vontade incrível de publicar o poema do Emílio Moura. Até porque adoro ler, conhecer e valorizar poesia e os poetas brasileiros que constroem belas obras de arte que merecem ser apreciadas.
Manifesto aqui a minha repulsa pelo crime de plágio. Concordo e apoio a atitude da Luma do blog Luz de Luma, yes party!. Temos que denunciar e repudiar o blogueiro parasita.

Em setembro de 2008 publiquei um texto "Denunciando o plágio!" revelando um crime desses que ocorreu com meu amigo Joeldo Holanda.
Agora, mais do que nunca, estou participando da campanha pela originalidade da blogosfera brasileira. Como dizia no título desta postagem, citar a fonte e reconhecer os direitos do autor é fundamental e não custa nada. Citar a fonte não dói!


Canção








Viver não dói.
O que dói é a vida que se não vive.
Tanto mais bela sonhada,
quanto mais triste perdida.

Viver não dói. O que dói
é o tempo, essa força onírica
em que se criam os mitos
que o próprio tempo devora.

Viver não dói. O que dói
é essa estranha lucidez,
misto de fome e de sede
com que tudo devoramos.

Viver não dói. O que dói,
ferindo fundo, ferindo,
é a distância infinita
entre a vida que se pensa
e o pensamento vivido.

Que tudo o mais é perdido.

...........................................
Sobre o autor:
Emílio Moura - para os amigos, "poeta Emílio" - nasceu em Minas, em 1902. Ao lado de Carlos Drummond de Andrade e Pedro Nava, fez parte da célebre geração que renovou a literatura na Belo Horizonte dos anos 20 e 30. Embora pouco lido e conhecido ("poeta ainda não bastante admirado", na expressão de Otto Maria Carpeaux), é um dos nomes importantes do modernismo brasileiro.
.......................................................
Fontes:
Blog Luz de Luma, yes party!: http://luzdeluma.blogspot.com/
Página pessoal de Emilio Moura: http://emiliomoura.br.tripod.com/poemas.htm

2 de julho de 2009

Quem não tem segredos?

Segredos

by Frejat

Eu procuro um amor que ainda não encontrei
Diferente de todos que amei
Nos seus olhos quero descobrir uma razão para viver
E as feridas dessa vida eu quero esquecer
Pode ser que eu a encontre numa fila de cinema,
Numa esquina
Ou numa mesa de bar.

Procuro um amor que seja bom pra mim
Vou procurar, eu vou até o fim
E eu vou tratá-la bem
Pra que ela não tenha medo
Quando começar a conhecer os meus segredos

Eu procuro um amor, uma razão para viver
E as feridas dessa vida eu quero esquecer
Pode ser que eu gagueje sem saber o que falar
Mas eu disfarço e não saio sem ela de lá

Procuro um amor que seja bom pra mim
Vou procurar eu vou até o fim
E eu vou tratá-la bem
Pra que ela não tenha medo
Quando começar a conhecer os meus segredos

Procuro um amor
Que seja bom pra mim
Vou procurar, eu vou até o fim.

Eu procuro um amor
Que seja bom pra mim
Vou procurar, eu vou até o fim.

17 de fevereiro de 2009

Apenas testando

Será que vai dar certo?
Acho que penso demais...
Vou conseguir escrever?

Será preciso entender?
Nem sei como explicar...
Ou deveria esquecer?

Tudo bem!
Se não der certo agora
Vou tentar outra vez...

Luiza Helena

6 de fevereiro de 2009

Estou com vontade de cantar...

Manhã

Ana Carolina
Composição: (Ana Carolina, Antônio Villeroy, Bebeto Alves e Aleh)

Tudo é o tempo que será
O teu sonho, o teu olhar
Pela janela que se abre e onde passas
Tudo é o meu corpo a percorrer
Um caminho em teu querer
Quando te escuto me chamar, e como sempre

Me chama pela tarde
A vida é tão suave e eu me vou
Vou por entre os cabos, centelhas de mensagens é o que sou

Eu não quero te perder
Eu não quero te prender
Eu só quero te encontrar, uma manhã e um pouco mais

Um desejo de ti
Um desejo de ir
Pela estrada

28 de janeiro de 2009

Um amigo poeta escreveu

Meus dias sem juízo

Há dias em que tudo conspira contra mim:
chove apenas porque ansiava o sol e o mar
o trânsito engarrafa porque tenho pressa
qualquer olhar é uma ameaça
qualquer sorriso uma ironia
qualquer palavra uma afronta
nenhum café é forte e quente
nenhum carinho suficiente
nenhuma cerveja é suficientemente gelada,
nenhuma mulher é bela
não rio de nenhuma piada
há outros em que o clima não importa
nenhuma adversidade é intransponível
e sou até capaz de rir de mim
se me lembro dos meus dias sem juízo.

Fonte: Nas horas e horas e meias, blog do Fred Matos

19 de janeiro de 2009

Também tenho segredos

Segredos

by Frejat

Eu procuro um amor que ainda não encontrei
Diferente de todos que amei
Nos seus olhos quero descobrir uma razão para viver
E as feridas dessa vida eu quero esquecer
Pode ser que eu a encontre numa fila de cinema,
Numa esquina
Ou numa mesa de bar.

Procuro um amor que seja bom pra mim
Vou procurar, eu vou até o fim
E eu vou tratá-la bem
Pra que ela não tenha medo
Quando começar a conhecer os meus segredos

Eu procuro um amor, uma razão para viver
E as feridas dessa vida eu quero esquecer
Pode ser que eu gagueje sem saber o que falar
Mas eu disfarço e não saio sem ela de lá

Procuro um amor que seja bom pra mim
Vou procurar eu vou até o fim
E eu vou tratá-la bem
Pra que ela não tenha medo
Quando começar a conhecer os meus segredos

Procuro um amor
Que seja bom pra mim
Vou procurar, eu vou até o fim.

Eu procuro um amor
Que seja bom pra mim
Vou procurar, eu vou até o fim.

4 de dezembro de 2008

Voltei!

Jardim da Fantasia
Luciano Pacco
Composição: Paulinho Pedra Azul

Bem te vi, bem te vi
Andar por um jardim em flor
Chamando os bichos de amor
Tua boca pingava mel
Bem te quis, bem te quis
E ainda quero muito mais
Maior que a imensidão da paz
Bem maior que o sol
Onde estás?
Voei por este céu azul
Andei estradas do além
Onde estará meu bem
Onde estás?
Nas nuvens ou na insensatez
Me beije só mais uma vez
Depois volte prá lá.


Vocês querem ver mais e ouvir o bem-te-vi?
É só visitar a página
http://www.mrm.mendes.nom.br/bem-te-vi-2007-08-05-00.htm

11 de setembro de 2008

Gracias a la vida




Gracias a la vida que me ha dado tanto.
Me dio dos luceros que, cuando los abro,
perfecto distingo lo negro del blanco,
y en el alto cielo su fondo estrellado
y en las multitudes el hombre que yo amo.

Gracias a la vida que me ha dado tanto.
Me ha dado el oído que, en todo su ancho,
graba noche y día grillos y canarios;
martillos, turbinas, ladridos, chubascos,
y la voz tan tierna de mi bien amado.

Gracias a la vida que me ha dado tanto.
Me ha dado el sonido y el abecedario,
con él las palabras que pienso y declaro:
madre, amigo, hermano, y luz alumbrando
la ruta del alma del que estoy amando.

Gracias a la vida que me ha dado tanto.
Me ha dado la marcha de mis pies cansados;
con ellos anduve ciudades y charcos,
playas y desiertos, montañas y llanos,
y la casa tuya, tu calle y tu patio.

Gracias a la vida que me ha dado tanto.
Me dio el corazón que agita su marco
cuando miro el fruto del cerebro humano;
cuando miro el bueno tan lejos del malo,
cuando miro el fondo de tus ojos claros.

Gracias a la vida que me ha dado tanto.
Me ha dado la risa y me ha dado el llanto.
Así yo distingo dicha de quebranto,
los dos materiales que forman mi canto,
y el canto de ustedes que es el mismo canto
y el canto de todos, que es mi propio canto.

Gracias a la vida que me ha dado tanto.

Violeta del Carmen Parra Sandoval (1917 — 1967) foi uma compositora, cantora, artista plástica e ceramista chilena, considerada a mais importante folclorista daquele país e fundadora da música popular chilena.

2 de setembro de 2008

Denunciando Plágio

Estou aborrecida, extremamente indignada!
Sei que na Internet quase tudo é possível. Pode-se encontrar coisas boas e ruins. Sei que é necessário discernimento e muito bom senso pra discriminar "alhos de bugalhos".
Sempre tive muito cuidado em pesquisar e confirmar a autoria, quando recebo, leio ou encontro algo interessante que queira publicar em meu blog. Gosto da idéia de universalizar a cultura com uso da web, mas não concordo com plágios e imitações.
Ainda acredito na ética e na justiça, portanto estou dedicando este espaço para a denúncia de mau uso e plágio indiscriminado na blogosfera.
Em 28 de fevereiro de 2007 publiquei o poema "Os homens bons, onde estão?" do meu amigo Joeldo Holanda, publicado pela primeira vez em 1999 pela editora poesia diária literatura.
Me autorizou a postar seu poema publicado anteriormente no site Verso & Prosa de outro amigo Fred Matos. Pois bem, esta semana, encontramos o poema estranhamente modificado e postado como de autor desconhecido em http://www.pensador.info/frase/NTE4OTcw/ .
O mais desagradável é que o indigno plagiador ainda não pôde ser identificado.
Apresento o texto original com autoria reconhecida!

Os Homens Bons
Joeldo Holanda
Os homens bons, quase sempre
Têm o rosto nas estrelas
E o coração nos canteiros.
Têm fé no nascer dos sóis,
Têm a alegria nos filhos,
E a esperança nos sapatos.

Os homens bons, fatalmente
Amam mais do que deviam.
Têm mulheres complicadas,
Têm amores de mentira.
Mas são, sobretudo, amados
Como artífices da vida.

Os homens bons, certamente
São puros como as manhãs.
São tímidos como as pedras,
São fáceis como as crianças.
São homens, como os antigos
São máquinas, se convém.

Os homens bons, normalmente,
Saem respirando a vida
E chegam cheirando a trabalho.
Os homens bons, geralmente,
São homens de mulher só.
Não que uma só sempre amassem,
Ou que uma só vez casassem,
Mas é que há um porta-retrato
Na mesa de cabeceira
Enfeitada de memória
Em casa de suas vidas
Que lhes servirá de morada
Após do mundo partirem.

31 de agosto de 2008

Aula de português


A linguagem
na ponta da língua,
tão fácil de falar
e de entender.

A linguagem
na superfície estrelada de letras,
sabe lá o que ela quer dizer?

Professor Carlos Góis, ele é quem sabe,
e vai desmatando
o amazonas de minha ignorância.
Figuras de gramática, esquipáticas,
atropelam-me, aturdem-me, seqüestram-me.

Já esqueci a língua em que comia,
em que pedia para ir lá fora,
em que levava e dava pontapé,
a língua, breve língua entrecortada
do namoro com a prima.
O português são dois; o outro, mistério.

Carlos Drummond de Andrade © Graña Drummond

Minha pequena contribuição para blogagem coletiva vem da inspiração do professor.
O Português é uma lingua viva, constantemente se transforma pra atender a necessidade das pessoas. A linguagem adequada é importante quando a gente quer se comunicar. Quando escrevemos, devemos estar atentos ao tipo de público que estamos dedicando nossos textos. Escolhemos a forma de escrever de acordo com quem vai receber nossa mensagem. Falamos e queremos ser compreendidos. Eu gosto de escrever, principalmente falando sobre pensamentos e sentimentos. A adequação gramatical é muito importante. Porém, o mais importante, na minha opinião, é a mensagem chegar à mente e ao coração de quem lê.
Um grande abraço e feliz Dia do Blog!

16 de agosto de 2008

Linguagem corporal

Se falasse, o quê meu corpo diria?
Não quero falar, muito menos ouvir.
Poderia aceitar o que meu corpo dissesse?
Será preciso meu corpo gritar?

Azia subindo e dizendo que não posso mais engolir?
Cabeça pulsando e parecendo que vai explodir?
Não posso mais suportar essa falta de amor ...
Angústia dizendo que não consigo...
O peito apertado gemendo ...
Parece que vou gritar!
Não consigo pensar!

Querido corpo, eu te ouço!
Pode falar devagarzinho.
Prometo te considerar.
Me leva pra dançar!
Não grita comigo!
Abraça carinhoso.
Posso te escutar.
Respeitar!
Aprender!
Amar!

13 de agosto de 2008

Vem cá, Luiza

Gosto de pensar que o poeta estava muito inspirado quando escreveu esta composição pra mim, só pra mim...
Cada um dos elementos da música me encantam e me pertencem.
Como poderia me conhecer assim tão bem?
Na verdade, o meu desejo, era conhecer alguém
que me percebesse e me quisesse apesar dos meus defeitos ...
Não quero ser perfeita, nunca tive esta esperança.
Nunca senti medo de errar e nem de reconhecer minhas falhas.
Acho que este é um dos meus problemas, sou muito crítica, rigorosa.
Quase nunca consigo me perdoar.
Guardo mágoas e dores.
Vivo presa num armadilha de arrependimento e auto-punição.
Quero encontrar minha própria redenção.
Reparar meus erros, cicatrizar as feridas.
Quero abrir meu coração,
Me sentir livre pra amar e ser amada.

"Acorda amor
Que eu sei que embaixo desta neve mora um coração!"

Tom Jobim escreveu esta canção em 1981.
Ele nunca me conheceu, nunca me amou.
Mas eu gosto de ouvir suas canções e sonhar que escreveu somente pra mim.
Eu posso acreditar!
Posso sonhar!
Eu posso!

Luiza


Rua,
Espada nua
Boia no céu imensa e amarela
Tão redonda a lua
Como flutua
Vem navegando o azul do firmamento
E no silêncio lento
Um trovador, cheio de estrelas
Escuta agora a canção que eu fiz
Pra te esquecer Luiza
Eu sou apenas um pobre amador
Apaixonado
Um aprendiz do teu amor
Acorda amor
Que eu sei que embaixo desta neve mora um coração

Vem cá, Luiza
Me dá tua mão
O teu desejo é sempre o meu desejo
Vem, me exorciza
Dá-me tua boca
E a rosa louca
Vem me dar um beijo
E um raio de sol
Nos teus cabelos
Como um brilhante que partindo a luz
Explode em sete cores
Revelando então os sete mil amores
Que eu guardei somente pra te dar Luiza
Luiza
Luiza...

Antonio Carlos Jobim explica a origem da composição - "Ana Luíza foi uma moça bonita que apareceu no Antonio's, num dia que estava chovendo. Ela correu para aquela varandinha do Antonio's. Era uma moça alta, grande, uma grande moça e uma moça grande. Estavam lá Chico Buarque, Carlinhos de Oliveira, uma quadrilha imensa. Chico começou a falar com aquele riso dele, aquelas palavras incríveis e depois a chuva passou e ela foi embora. E ficou o nome. Depois aconteceu que me casei com Ana e mais tarde nasceu minha filha Luíza. E eu fiz uma canção premonitória, aquela "Luíza", boa canção, canção forte. Já me perguntaram se a canção foi feita para ela. Foi feita na casa da Rua Peri, aqui embaixo, a uns 300 metros, e depois Luíza nasceu já aqui na casa da Rua Sara Vilela."

4 de agosto de 2008

Muito prazer em conhecê-la!

Em meus dias prazerosos de férias em Belo Horizonte, uma graciosa surpresa me ocorreu. Quando menos esperava, enquanto passeava em busca de novas leituras, próximo a livraria da travessa, quem tive o imenso prazer em conhecer?

Henriqueta Lisboa (1901-1985), poeta mineira considerada pela crítica um dos grandes nomes da lírica modernista, dedicou-se à poesia, ensaios e traduções. Foi a primeira mulher eleita para a Academia Mineira de Letras em 1963. Em 1984, recebeu o Prêmio Machado de Assis da Academia Brasileira de Letras pelo conjunto de sua obra. Poeta sensível, dedicou sua vida à poesia. Sobre sua poesia, Drummond nos deixou o seguinte testemunho: “Não haverá, em nosso acervo poético, instantes mais altos do que os atingidos por este tímido e esquivo poeta.”

Para conhecer melhor e ler algumas das suas poesias podemos visitar a página construída pela Universidade Federal de Minas Gerais - UFGM: http://www.letras.ufmg.br/henriquetalisboa/


Prisioneira da Noite

Eu sou a prisioneira da noite.
A noite envolveu-me nos seus liames, nos seus musgos,
as estrelas atiraram-me poeira nas pestanas,
os dedos do luar partiram-me os fios do pensamento,
os ventos marinhos fecharam-se ao redor da minha cintura.

Quero os caminhos da madrugada e estou presa,
quero fugir aos braços da noite e estou perdida.
Onde fica a distância? Dizei-me ó Peregrinos,
onde fica a distância da qual me chegam misteriosos apelos?
Alguém me espera, alguém me esperará para sempre,
porque sou a prisioneira da noite.

[...]
Oh! Quem me ensina os caminhos da madrugada?
Porque não se acendem agora, sim, os candelabros das igrejas?
Porque não se iluminam as casas onde há noivos felizes?
Porque de tantas estrelas do céu ao menos uma não se desprende
para vir pousar no meu ombro como um sinal de esperança?
Tenho um encontro marcado há longo, longo tempo ...
Mas não chegarei porque sou a prisioneira da noite.

LISBOA, Henriqueta. Prisioneira da noite. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1941.

11 de julho de 2008

Saudade

Marelson Bueno

Existem pessoas
que acertam o nosso coração como uma flecha.
Surgem tão de repente...
Nos surpreendem com suas atitudes
assim gostaríamos de estar sempre perto
uma das outras,
São como a brisa suave de uma noite perfeita.
Entram em nossas vidas de mansinho...
Sorrateiramente...
Ocupam um espaço dentro do peito...
um lugar especial...
Como amores vividos e nunca esquecidos...
Amigos anjos, bençãos demais!!!
Trazendo cor e alegria onde tudo parece cinza.
Amizades que não deveriam desaparecer jamais da nossa vista...
Pessoas que deixam marcas profundas.
Nomes que estão escritos em nosso coração.
Pessoas especiais que vamos guardar
para o resto de nossas vidas...
...............................................................
Esqueci de destacar que este poema foi meu amigo Marelson Bueno quem escreveu. Havia publicado no dia 16/07/2007 com o título de "Um poeta escreveu".

7 de julho de 2008

Um fio de esperança


Na esperança de não perder a direção
corro apressada sinalizando...
também vou, dá uma chance!
Sonhando em chegar ao meu lugar
sempre atrasada, sempre contente
trabalho, insistentemente...
Nunca desisto, quero chegar!
Felizmente, ele parou!

Junto comigo, outros passageiros
ansiosos, empurrando, investindo...
lutando pra viajar!
Me agarro fortemente
e o balanço insistente
ameaça me abandonar...
Nem adianta tentar!
Sei onde quero chegar!