13 de agosto de 2008

Vem cá, Luiza

Gosto de pensar que o poeta estava muito inspirado quando escreveu esta composição pra mim, só pra mim...
Cada um dos elementos da música me encantam e me pertencem.
Como poderia me conhecer assim tão bem?
Na verdade, o meu desejo, era conhecer alguém
que me percebesse e me quisesse apesar dos meus defeitos ...
Não quero ser perfeita, nunca tive esta esperança.
Nunca senti medo de errar e nem de reconhecer minhas falhas.
Acho que este é um dos meus problemas, sou muito crítica, rigorosa.
Quase nunca consigo me perdoar.
Guardo mágoas e dores.
Vivo presa num armadilha de arrependimento e auto-punição.
Quero encontrar minha própria redenção.
Reparar meus erros, cicatrizar as feridas.
Quero abrir meu coração,
Me sentir livre pra amar e ser amada.

"Acorda amor
Que eu sei que embaixo desta neve mora um coração!"

Tom Jobim escreveu esta canção em 1981.
Ele nunca me conheceu, nunca me amou.
Mas eu gosto de ouvir suas canções e sonhar que escreveu somente pra mim.
Eu posso acreditar!
Posso sonhar!
Eu posso!

Luiza


Rua,
Espada nua
Boia no céu imensa e amarela
Tão redonda a lua
Como flutua
Vem navegando o azul do firmamento
E no silêncio lento
Um trovador, cheio de estrelas
Escuta agora a canção que eu fiz
Pra te esquecer Luiza
Eu sou apenas um pobre amador
Apaixonado
Um aprendiz do teu amor
Acorda amor
Que eu sei que embaixo desta neve mora um coração

Vem cá, Luiza
Me dá tua mão
O teu desejo é sempre o meu desejo
Vem, me exorciza
Dá-me tua boca
E a rosa louca
Vem me dar um beijo
E um raio de sol
Nos teus cabelos
Como um brilhante que partindo a luz
Explode em sete cores
Revelando então os sete mil amores
Que eu guardei somente pra te dar Luiza
Luiza
Luiza...

Antonio Carlos Jobim explica a origem da composição - "Ana Luíza foi uma moça bonita que apareceu no Antonio's, num dia que estava chovendo. Ela correu para aquela varandinha do Antonio's. Era uma moça alta, grande, uma grande moça e uma moça grande. Estavam lá Chico Buarque, Carlinhos de Oliveira, uma quadrilha imensa. Chico começou a falar com aquele riso dele, aquelas palavras incríveis e depois a chuva passou e ela foi embora. E ficou o nome. Depois aconteceu que me casei com Ana e mais tarde nasceu minha filha Luíza. E eu fiz uma canção premonitória, aquela "Luíza", boa canção, canção forte. Já me perguntaram se a canção foi feita para ela. Foi feita na casa da Rua Peri, aqui embaixo, a uns 300 metros, e depois Luíza nasceu já aqui na casa da Rua Sara Vilela."

7 de agosto de 2008

A vida é dura pra quem é mole!

Minha amiga Grace Olson citou esta frase de Charlie Chaplin e eu concordo plenamente.

A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios. Por isso, cante, chore, dance, ria e viva intensamente, antes que a cortina se feche e a peça termine sem aplausos.


Bom dia e Bom humor para todos!

4 de agosto de 2008

Muito prazer em conhecê-la!

Em meus dias prazerosos de férias em Belo Horizonte, uma graciosa surpresa me ocorreu. Quando menos esperava, enquanto passeava em busca de novas leituras, próximo a livraria da travessa, quem tive o imenso prazer em conhecer?

Henriqueta Lisboa (1901-1985), poeta mineira considerada pela crítica um dos grandes nomes da lírica modernista, dedicou-se à poesia, ensaios e traduções. Foi a primeira mulher eleita para a Academia Mineira de Letras em 1963. Em 1984, recebeu o Prêmio Machado de Assis da Academia Brasileira de Letras pelo conjunto de sua obra. Poeta sensível, dedicou sua vida à poesia. Sobre sua poesia, Drummond nos deixou o seguinte testemunho: “Não haverá, em nosso acervo poético, instantes mais altos do que os atingidos por este tímido e esquivo poeta.”

Para conhecer melhor e ler algumas das suas poesias podemos visitar a página construída pela Universidade Federal de Minas Gerais - UFGM: http://www.letras.ufmg.br/henriquetalisboa/


Prisioneira da Noite

Eu sou a prisioneira da noite.
A noite envolveu-me nos seus liames, nos seus musgos,
as estrelas atiraram-me poeira nas pestanas,
os dedos do luar partiram-me os fios do pensamento,
os ventos marinhos fecharam-se ao redor da minha cintura.

Quero os caminhos da madrugada e estou presa,
quero fugir aos braços da noite e estou perdida.
Onde fica a distância? Dizei-me ó Peregrinos,
onde fica a distância da qual me chegam misteriosos apelos?
Alguém me espera, alguém me esperará para sempre,
porque sou a prisioneira da noite.

[...]
Oh! Quem me ensina os caminhos da madrugada?
Porque não se acendem agora, sim, os candelabros das igrejas?
Porque não se iluminam as casas onde há noivos felizes?
Porque de tantas estrelas do céu ao menos uma não se desprende
para vir pousar no meu ombro como um sinal de esperança?
Tenho um encontro marcado há longo, longo tempo ...
Mas não chegarei porque sou a prisioneira da noite.

LISBOA, Henriqueta. Prisioneira da noite. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1941.

28 de julho de 2008

Férias!

Nada como uma pausa na correria do dia a dia, uma paradinha pra meditação, reflexão, contemplação... Voltar no tempo, rever amigos, matar saudades, jogar conversa fora...
Visitar lugares, sem pressa de ir e muito menos de voltar!
Parece muito difícil, mas na verdade não é, basta aproveitar a oportunidade e viver cada dia como se fosse único. Cuidar de cada coisa na hora "certa", nunca deixar pra depois...
Já me senti, muitas vezes, escrava do tempo...
Mas hoje estou tentando uma nova maneira, experimentando meus 8 dias de recesso, como se pudessem ser vividos como uma eternidade.
Outras vezes, gastei minhas férias em preparativos e preocupações, planejamentos e decepções. Acabaram tão depressa que não teve graça, nem consegui fazer o que desejava, nem pude ver quem me fazia sentir saudades, perdi a chance, continuei apenas com as lembranças...


Pois dessa vez tudo vai ser diferente, não sei se vou "acertar ou errar a mão", e se tudo não der certo? Tudo bem! Sei que hoje está sendo ótimo!

25 de julho de 2008

Instantes de frustração


Ontem à noite seguia em meu carro, tranquilamente de volta pra casa. Avistei uma meia lua resplandescente combinando perfeitamente com as luzes da cidade.
Quem conhece Brasília sabe que os mais breves passeios nos levam a percorrer quilometros de asfalto. Naquele ponto da estrada um pouco mais alto era possível ver essa imagem encantadora.
Fiquei paralisada por alguns segundos diante de tão maravilhosa composição, quando lembrei que minha máquina fotográfica estava ali tão perto na bolsa...
Mas, a rodovia não tem acostamento, este bairro não é seguro, se parar, corro risco de assalto ou acidente... Eu sempre soube que sou insegura, mas essa noite consegui me superar!
Com a máquina numa mão e o volante na outra tentei frustantemente registrar aquela cena maravilhosa. Diminui a velocidade, quase parei, quando olhei ao redor tremi e não consegui efetuar o registro.
Mesmo que utilize os melhores adjetivos e pesquise palavras adequadas pra descrever as emoções que senti naquela noite, será impossível retornar àquele intante, àquela vista, o momento passou, agora restam-me somente as lembranças...

22 de julho de 2008

Quem me dera!

Nem sei o que está acontecendo comigo...
Às vezes fico assim, meio sem assunto, sem graça,
Pensamento solto, borboleteando daqui pra ali...
Tantos planos, sonhos e programações
Sinto-me perdida na divagação...
Visitando os blogs amigos, vejo muita novidade, contestação...
Fico encantada com a criatividade e o talento de tantas pessoas
Sinto-me pequenina,
Uma sementinha sonhando desabrochar...
Trago comigo muitos anseios, desejos e vontades
Falta-me coragem pra recomeçar
Iniciativa e determinação...
Falo, digo, repito sem pestanejar...
Eu quero, eu posso!
Quem me dera!

17 de julho de 2008

Quero ser livre!


Rir é arriscar-se a parecer tolo.
Chorar é arriscar-se a parecer sentimental.
Buscar o próximo é arriscar-se ao envolvimento.
Expor os sentimentos é arriscar-se a rejeição.
Apostar nos sonhos é arriscar-se a passar por rídiculo.
Amar é arriscar-se a não ser retribuido.
Seguir em frente, apesar das dificuldades, é arriscar-se a fracassar.
Mas os riscos devem ser assumidos, pois o maior perigo na vida é o de não arriscar nada.
Pode evitar o sofrimento e a tristeza, mas não pode aprender, sentir, mudar, crescer, ou amar.
Presa à sua segurança, é uma escrava.
Apenas uma pessoa que assume riscos é livre.


Fonte: John Maxwell, Arte de influenciar pessoas.

11 de julho de 2008

Saudade

Marelson Bueno

Existem pessoas
que acertam o nosso coração como uma flecha.
Surgem tão de repente...
Nos surpreendem com suas atitudes
assim gostaríamos de estar sempre perto
uma das outras,
São como a brisa suave de uma noite perfeita.
Entram em nossas vidas de mansinho...
Sorrateiramente...
Ocupam um espaço dentro do peito...
um lugar especial...
Como amores vividos e nunca esquecidos...
Amigos anjos, bençãos demais!!!
Trazendo cor e alegria onde tudo parece cinza.
Amizades que não deveriam desaparecer jamais da nossa vista...
Pessoas que deixam marcas profundas.
Nomes que estão escritos em nosso coração.
Pessoas especiais que vamos guardar
para o resto de nossas vidas...
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Esqueci de destacar que este poema foi meu amigo Marelson Bueno quem escreveu. Havia publicado no dia 16/07/2007 com o título de "Um poeta escreveu".