22 de outubro de 2008

Sabedoria Indígena

Uma noite, um velho índio contou ao seu neto sobre a guerra que acontece dentro das pessoas.
Ele disse: "A batalha é entre dois 'lobos' que vivem dentro de todos nós". Um é Mau. É a raiva, inveja, ciúme, tristeza, desgosto, cobiça, arrogância, pena de si mesmo, culpa, ressentimento, inferioridade, mentiras, orgulho falso, superioridade e ego. O outro é Bom. É alegria, fraternidade, Paz, esperança, serenidade, humildade, bondade, benevolência, empatia, generosidade, verdade, compaixão e fé.
O neto pensou nessa luta e perguntou ao avô:
- Qual lobo vence?
O velho índio respondeu:
- Aquele que você alimenta!

21 de outubro de 2008

Ninguém é perfeito

Bem que eu queria ter sido bailarina.
E também astronauta, bombeira, policial, atriz....
Aquele sonho de perfeição da infância.
Seguir o exemplo dos heróis, fazer tudo certo.
Doce ilusão, pouco tempo depois a gente descobre que todos são falíveis e humanos.
Decepção, nostalgia, desânimo, fraquezas; estamos todos sujeitos ao erro.
Quem me dera conseguisse reconhecer e corrigir meus erros.
Ainda me surpreendo tentando, insistindo, errando e aprendendo.

Sonhando com dias melhores...
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Ciranda da Bailarina

Composição: Edu Lobo/Chico Buarque

Procurando bem
Todo mundo tem pereba
Marca de bexiga ou vacina
E tem piriri, tem lombriga,
tem ameba
Só a bailarina que não tem
E não tem coceira
Berruga nem frieira
Nem falta de maneira ela não tem
Futucando bem
Todo mundo tem piolho
Ou tem cheiro de creolina
Todo mundo tem
um irmão meio zarolho
Só a bailarina que não tem
Nem unha encardida
Nem dente com comida
Nem casca de ferida ela não tem
Não livra ninguém
Todo mundo tem remela
Quando acorda às seis da matina
Teve escarlatina
ou tem febre amarela
Só a bailarina que não tem
Medo de subir, gente
Medo de cair, gente
Medo de vertigem
Quem não tem
Confessando bem
Todo mundo faz pecado
Logo assim que a missa termina
Todo mundo tem
um primeiro namorado
Só a bailarina que não tem
Sujo atrás da orelha
Bigode de groselha
Calcinha um pouco velha
Ela não tem
O padre também
Pode até ficar vermelho
Se o vento levanta a batina
Reparando bem,
todo mundo tem pentelho
Só a bailarina que não tem
Sala sem mobília
Goteira na vasilha
Problema na família
Quem não tem
Procurando bem
Todo mundo tem


Chico Buarque - Ciranda da bailarina

15 de outubro de 2008

O tempo não pára

Composição: Cazuza e Arnaldo Brandão

Disparo contra o sol
Sou forte, sou por acaso
Minha metralhadora cheia de mágoas
Eu sou o cara
Cansado de correr
Na direção contrária
Sem pódio de chegada ou beijo de namorada
Eu sou mais um cara

Mas se você achar
Que eu tô derrotado
Saiba que ainda estão rolando os dados
Porque o tempo, o tempo não pára

Dias sim, dias não
Eu vou sobrevivendo sem um arranhão
Da caridade de quem me detesta

A tua piscina tá cheia de ratos
Tuas idéias não correspondem aos fatos
O tempo não pára

Eu vejo o futuro repetir o passado
Eu vejo um museu de grandes novidades
O tempo não pára
Não pára, não, não pára

Eu não tenho data pra comemorar
Às vezes os meus dias são de par em par
Procurando agulha no palheiro
Nas noites de frio é melhor nem nascer
Nas de calor, se escolhe: é matar ou morrer
E assim nos tornamos brasileiros
Te chamam de ladrão, de bicha, maconheiro
Transformam o país inteiro num puteiro
Pois assim se ganha mais dinheiro

A tua piscina tá cheia de ratos
Tuas idéias não correspondem aos fatos
O tempo não pára

Eu vejo o futuro repetir o passado
Eu vejo um museu de grandes novidades
O tempo não pára
Não pára, não, não pára

© Warner Chappell / Editora GPA

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LEVANDO A VIDA NA ARTE


No início dos anos 80, um garoto dourado do sol de Ipanema surpreendeu o cenário musical brasileiro. À frente de uma banda de rock cheia de garra, o Barão Vermelho, começou a dar voz aos impulsos de uma juventude ávida de novidades. Ele, Cazuza, era a grande novidade.
O Brasil saía de um longo ciclo ditatorial e vivia um clima de democracia ainda incipiente, mas suficiente para liberar as energias contidas. Cazuza desempenhou um papel importante nesse processo. E quando as misérias e mazelas nacionais foram se desnudando, ele respondeu sem meias palavras.
A expressão de sua repulsa diante desse quadro só pode ser comparada à coragem com que lutou por sua vida, no enfrentamento público da AIDS. Lições de indignação e de dignidade; de como levar a vida na arte e "ser artista no nosso convívio".
No pouco que viveu, Cazuza deixou uma obra para ficar. Bebeu na fonte da tradição viva da MPB para recriar, num português atual e espontâneo, cheio de gírias, e num estilo marcadamente pessoal, a poesia típica do rock. Com justiça, foi chamado de o poeta da sua geração.

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A Sociedade Viva Cazuza iniciou suas atividades em 1990, quando Lucinha Araújo e João Araújo, pais de Cazuza, amigos e médicos decidiram dar continuidade à sua luta contra o HIV/AIDS.
Possui a missão de dar assistência a crianças carentes portadoras do vírus da aids, assistência social a pacientes adultos em tratamento na rede pública na cidade do Rio de Janeiro e difundir informações científicas sobre HIV/Aids além de esclarecimento de dúvidas para profissionais de saúde ou leigos.

Conheça o site da Sociedade Viva Cazuza: http://www.vivacazuza.org.br/


Cazuza - O Tempo Não Para - by Pescador

7 de outubro de 2008

Crise ética?

Tive que dizer não e me senti pressionada!
Procuro agir de maneira correta e justa no trabalho, nas compras e em todas as relações sociais. Sou criticada e julgada pois quero respeitar as normas e regulamentos. Tento fazer as coisas "certas" mesmo nas situações adversas. Preciso conservar a minha consciência limpa, pois caso contrário não consigo dormir o "sono dos justos".

Esta semana, vivenciei uma situação em que uma pessoa tentou me forçar a fazer um "favorzinho", utilizou da amizade para conseguir um benefício indevido. Tive que dizer não, e por isso estou aqui repensando meu conceito de ser brasileira e se adoto o "jeitinho brasileiro".


Pesquisei na internet e encontrei muitos pontos de vista e maneiras de entender esta situação.
Posso compartilhar, mas ainda pensarei muito a respeito disso.
Comecei pela Wikipédia.
Jeitinho é uma forma de navegação social tipicamente brasileira, onde o indivíduo utiliza-se de recursos emocionais – apelo e chantagem emocional, laços emocionais e familiares, etc. – para obter favores para si ou para outrem.

O jeitinho caracteriza-se como ferramenta típica de indivíduos de pouca influência social. Em nada se relaciona com um sentimento revolucionário, pois aqui não há o ânimo de se mudar o status quo. O que se busca é obter um rápido favor para si, às escondidas e sem chamar a atenção; por isso, o jeitinho pode ser também definido como "molejo", "jogo de cintura", habilidade de se "dar bem" em uma situação "apertada". Não deve ser confundido, porém, com malandragem, que possui seus próprios fundamentos.
Diversos personagens do imaginário popular brasileiro trazem esta característica. Um dos mais conhecidos é o Pedro Malasartes, de origem portuguesa, profundamente enraizado no folclore popular brasileiro através do livro "Malasaventuras", escrito pelo paulistano Pedro Bandeira. João Grilo, personagem de Ariano Suassuna em O Auto da Compadecida, também carrega em si o jeitinho.

Segundo Willians de Abreu, no Brasil, tudo se resolve com o tal jeitinho brasileiro. Sim, tudo, gambiarras, serviço mau feito, falcatrua, sonegação, a comida do cliente, serviços públicos terceirizados, alvenaria e por diante. É tudo um ‘rolo’ só.


No livro "Dando um jeito no jeitinho", o prof. Lourenço Stelio Rega define jeitinho como uma saída para situações sem saída ou mesmo para uma situação que não se quer enfrentar, além disso, indica que o jeitinho não é só negativo (corrupção, levar vantagem, etc.), ele também tem um lado positivo. O autor demonstra isto indicando três características do jeitinho: inventividade/criatividade, função solidária e o lado conciliador do jeitinho.

OBS.: As fontes das imagens e dos textos estão nos respectivos links
Ricardo Grun - compositor - Jeitinho brasileiro

25 de setembro de 2008

Projeto qualidade de vida!

Bons dias! Boas tardes e noites!
Nas últimas semanas eu vivi alguns momentos de confusão e desânimo.
Tenho pensado bastante mas, ainda não consegui traduzir em palavras a tempestade de sentimentos que ocupou minha mente durante estes dias. Confesso que me assusta perceber que estou "envelhecendo", me sinto jovem. Meu corpo não acredita na minha mente, sinto muito vigor e vontade de aprender mas, estou cheia de "cre-cré-cré".
Vou explicar!
Todos os anos, na época do meu aniversário, me proponho a fazer exames preventivos. Não poderia me recusar a fazê-los, pois sou da área de saúde e passo boa parte do tempo educando as pessoas para se cuidarem.
Já comentei aqui sobre minha reprovação no teste de esforço, e desde aquela data estou envolvida entre consultas e exames. Ando aborrecida, pois após cada consulta sou encaminhada para outros especialistas e novos pedidos de exames. Até parece que tenho mania de doença!
A funcionária do laboratório já me conhece e nesta terça feira falou que vou "virar peneira". Ainda tenho que colher mais sangue no sábado! Não me queixo, não apresento sintomas além da obesidade. Ok! Já entendi que estou correndo riscos e por isso estou investindo no projeto de qualidade de vida. Estou empenhada a seguir todas as recomendações médicas para modificar este quadro até meu próximo aniversário.
O clínico geral pediu os exames de sangue e me encaminhou pro cardiologista. Depois pro endocrinologista, gastroenterologista e nefrologista. O endócrino me encaminhou pra nutricionista e pra academia. Estou emagrecendo de tando fazer jejum pra exame!
Ainda bem que tenho plano de saúde! Fico imaginando a dificuldade das pessoas que dependem do sistema público de saúde.
Enquanto isso, estou lendo sobre Qualidade de vida.
Algumas sugestões:
- Qualidade de vida - site médico
- Rumo saudável - qualidade de vida e desenvolvimento de pessoas
- O impacto do (bom) humor sobre o estresse e a saúde - G. J. Ballone
- ABESO - Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica
- Síndrome Metabólica - Drausio Varela
- SBD - Sociedade Brasileira de Diabetes - Síndrome Metabólica