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20 de maio de 2010

CRÔNICA DA CIDADE

Vida alheia
Conceição Freitas
Por que a vida alheia nos interessa tanto? A alguns mais do que a outros. Ou dizendo de um modo mais preciso: muitos de nós se interessa demasiadamente pela vida alheia. Isso sempre me incomodou, não que eu não me interesse pelos movimentos da vida das pessoas com as quais convivo, mas o gosto extremado em saber o que acontece com a vida dos outros sempre me pareceu uma disritmia nefasta.
Há algum tempo, uma sábia amiga me alertou: o ser humano olha para o outro porque precisa medir-se a si mesmo, seja como um ato de coragem, seja como um ato de covardia. Seja para dizer: aquele humano se sai melhor do que eu nisso ou naquilo, quem sabe posso aprender com ele. Ou seja para se alimentar do fracasso alheio: eu não consegui, mas ele também não.
Outro tipo de interesse pelo que acontece com os outros que sempre me intrigou é o movimento que se segue a um acidente de trânsito ou qualquer outra tragédia em via pública: diante de um fato brutal, desses que fraturam o ritmo normal da vida, as pessoas ficam extremamente assustadas, porque são informadas, naquele instante, que é por demais perigoso viver e que todos, todos, estamos sujeitos a esses acontecimentos.
Acompanhá-los de perto é um momento de aceitar que as tormentas existem e ao mesmo tempo um consolo diante do tremor que elas deixam na alma. “Não foi comigo, que bom”. Ao fim e ao cabo, todos desconfiamos que viver é sempre estar à beira do abismo.
A abelhudice das pessoas sobre a vida das outras pessoas é um modo de lidar com a própria vida. O outro é a medida do que existe, do que pode acontecer, do que se pode fazer, do que dá certo, do que dá errado – o outro é o meu espelho.
Ninguém existe sem o outro. Precisamos do olhar do outro para conferir a própria existência.
Então, diante disso tudo, aprendi que o interesse do outro pela sua vida, ou o seu interesse pela vida do outro, pode ser nefasto ou pode ser generoso, pode te ajudar ou te atrapalhar.
Se você conseguir suportar um olhar inimigo, ele pode ter muito a te ensinar. O olhar inimigo pode te dizer coisas que um amigo não tem coragem, mas você precisa ouvir.
Tudo depende do que você faz com o que a vida te oferece.

Fonte: Conceição Freitas – Correio Web

22 de outubro de 2009

MORRE LENTAMENTE ...

Refletindo sobre qualidade de vida encontrei um texto de Martha Medeiros que conseguiu chamar minha atenção.
Amo a vida, gosto muito de viver mas, às vezes parece tão difícil...  Viver é uma incrível aventura!
Definitivamente, eu não quero:

MORRER LENTAMENTE...
Martha Medeiros

"Morre lentamente quem não viaja, quem não lê, quem não ouve música, quem não encontra graça em si mesmo.
Morre lentamente quem destrói o seu amor-próprio, quem não se deixa ajudar.
Morre lentamente quem se transforma em escravo do hábito, repetindo todos os dias os mesmos trajetos, quem não muda de marca, não se arrisca a vestir uma nova cor ou não conversa com quem não conhece.
Morre lentamente quem faz da televisão o seu guru.
Morre lentamente quem evita uma paixão, quem prefere o escuro ao invés do claro e os pontos sobre os "is" em detrimento de um redemoinho de emoções justamente as que resgatam o brilho dos olhos, sorrisos dos bocejos, corações aos tropeços e sentimentos.
Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz, quem não arrisca o certo pelo incerto para ir atrás de um sonho, quem não se permite pelo menos uma vez na vida fugir dos conselhos sensatos.
Morre lentamente, quem passa os dias queixando-se da sua má sorte ou da chuva incessante.
Morre lentamente, quem abandona um projeto antes de iniciá-lo, não pergunta sobre um assunto que desconhece ou não responde quando lhe indagam sobre algo que sabe.
Evitemos a morte em doses suaves, recordando sempre que estar vivo exige um esforço muito maior que o simples fato de respirar.
Somente a perseverança fará com que conquistemos um estágio esplêndido de felicidade."

20 de agosto de 2009

Eu tenho que compartilhar!

Recebi de um amigo este vídeo, achei muito inteligente.
A fonte original é o blog do Flavio Siqueira, muito interessante e inspirador.
Vale a pena uma visita, ele é jornalista e radialista, escreve sobre qualidade de vida entre outras coisas. Como ele falou que pode divulgar, estou aproveitando e compartilhando, além dos vídeos tem muitos artigos e textos. Um aspecto me me impressionou, é que já realizou um sonho que espero um dia concretizar. Flávio publicou seu primeiro livro: "Dez histórias e algo mais."
Agora é com vocês, curtam a mensagem e lembrem-se, ele adora receber visitas e comentários.

Envelhecendo em um minuto

1 de agosto de 2009

Um homem inteligente falando sobre mulheres...


COMO CUIDAR DE UMA MULHER


Por Alberto Wellisch Levi
O desrespeito à natureza tem afetado a sobrevivência de vários seres e entre os mais ameaçados está a fêmea da espécie humana. Tenho apenas um exemplar em casa, que mantenho com muito zelo e dedicação, mas na verdade acredito que é ela quem me mantém. Portanto, por uma questão de auto-sobrevivência, lanço a campanha “Salvem as Mulheres!”
Tomem aqui alguns conhecimentos em fisiologia da feminilidade a fim de que preservemos os raros e preciosos exemplares que ainda restam!
Habitat: Mulher não pode ser mantida em cativeiro. Se for engaiolada, fugirá ou morrerá por dentro. Não há corrente que as prenda e as que se submetem à jaula perdem o seu DNA. Você jamais terá a posse de uma mulher, o que vai prendê-la a você é uma linha frágil que precisa ser reforçada diariamente.
Alimentação correta: Ninguém vive de vento. Mulher vive de carinho. Dê-lhe em abundância. É coisa de homem, sim, e se ela não receber de você vai pegar de outro. Beijos matinais e um “eu te amo” no café da manhã as mantém viçosas e perfumadas durante todo o dia. Um abraço diário é como a água para as samambaias. Não a deixe desidratar. Pelo menos uma vez por mês é necessário, senão obrigatório, servir um prato especial. Flores também fazem parte de seu cardápio - mulher que não recebe flores murcha rapidamente e adquire traços masculinos como rispidez e brutalidade.
Respeite a natureza: Você não suporta TPM? Case-se com um homem. Mulheres menstruam, choram por nada, gostam de falar do próprio dia, discutir a relação... Se quiser viver com uma mulher, prepare-se para isso. Não tolha a sua vaidade. É da mulher hidratar as mechas, pintar as unhas, passar batom, gastar o dia inteiro no salão de beleza, colecionar brincos, comprar sapatos, ficar horas escolhendo roupas no shopping. Só não incentive muito estes últimos pontos ou você criará um monstro consumista.
Cérebro feminino não é um mito: Por insegurança, a maioria dos homens prefere não acreditar na existência do cérebro feminino. Por isso, procuram aquelas que fingem não possuí-lo (e algumas realmente o aposentaram!). Então, agüente mais essa: mulher sem cérebro não é mulher, mas um mero objeto de decoração. Se você se cansou de colecionar bibelôs, tente se relacionar com uma mulher. Algumas vão lhe mostrar que têm mais massa cinzenta do que você. Não fuja dessas, aprenda com elas e cresça. E não se preocupe, ao contrário do que ocorre com os homens, a inteligência não funciona como repelente para as mulheres.
Não confunda as subespécies: Mãe é a mulher que amamentou você e o ajudou a se transformar em adulto. Amante, é a mulher que o transforma diariamente em homem. Cada uma tem o seu período de atuação e determinado grau de influência ao longo de sua vida.
Não faça sombra sobre ela: Se você quiser ser um grande homem tenha uma mulher ao seu lado, nunca atrás. Assim, quando ela brilhar, você vai pegar um bronzeado. Porém, se ela estiver atrás, você vai levar um pé-na-bunda. (tem gente que já sentiu isso na pele). Aceite: mulheres também têm luz própria e não dependem de nós para brilhar. O homem sábio alimenta os potenciais da parceira e os utiliza para motivar os próprios. Ele sabe que, preservando e cultivando a mulher, ele estará salvando a si mesmo.
Fonte: Recebi esta mensagem por e-mail e resolvi postar na íntegra.

Sem comentários!


Não posso dizer que ele acertou em tudo, mas já está seguindo por um caminho ótimo, inclusive incentivando os colegas do sexo masculino a respeitarem as mulheres.
O que vocês acham?

18 de julho de 2009

Será que tenho tempo pra dar ao tempo?

Podem até achar que sou repetitiva, confusa e cansativa, mas ainda estou envolvida nas reflexões sobre o tempo.
Vivo correndo atrás do tempo perdido, achado, corrido...
No momento atual estou de férias, tirei uns dias pra descansar e recarregar as baterias. Aproveito da melhor forma possível, dormindo, passeando, sonhando, refletindo sobre as coisas que fiz e deixei de fazer. Pensando bem, "o tempo não pára!" "Tudo muda o tempo todo!" Mil músicas e poesias vêm à minha mente, milhares de citações de autores que se dispuseram a falar, cantar e escrever sobre o tema. Eu mesma ainda considero atuais as palavras que em novembro de 2008 e março de 2007 eu escrevi:
Me pergunto como posso prosseguir se nunca tenho tempo suficiente pra fazer as coisas que gosto. Tenho demorado tanto tempo fazendo as coisas que são necessárias, satisfazendo as exigências da família e da sociedade, correndo atrás do tempo perdido que não volta mais... Quando chegará a minha vez, o meu tempo de ser feliz de satisfazer os meus desejos e necessidades?
Preciso dormir cedo pra trabalhar cedo. Que pena! Nem posso ficar namorando a linda lua que brilha reluzente ofuscando as pequeninas estrelas encantadoras e misteriosas...
Preciso correr pra não chegar atrasada no serviço. Mal posso cumprimentar o vizinho que passa apressado a caminho da padaria a buscar o pão pra sua família...
Pego o carro e saio apressada. Nem posso observar o brilho do sol que desponta em um céu tão azul que me ofusca, muito menos o passarinho que voa deixando sua marca no meu para brisa...
Mas que coisa chata! O semáforo tinha que estar vermelho justamente nessa hora?
E porque justamente eu, porque justamente agora, mais um sinal fechado, parece que o tempo conspira contra meu desejo de chegar pontualmente no serviço...
Que pena! Despertar da minha reflexão matutina com a buzina do carro de trás que me ultrapassa apressado como ele só.
Sou rebelde! Não tenho jeito mesmo! Eu teimo em ficar reparando a beleza das pequenas coisas do mundo e da vida e me perco no caminho, (muitas vezes literalmente) e me vejo retornando pra pegar o caminho certo e sentindo a angústia crescendo em meu peito e o atraso aumentando no relógio.
Não posso ser escrava do tempo!
Não quero obedecer o ritmo louco imposto pela rotina social e pelas normas de trabalho.
Muitas vezes num piscar de olhos, nem vejo o tempo passar.
Pôxa! Já é segunda feira novamente!
Nem descansei bastante, nem ouvi pássaros cantando, nem abracei minhas filhas hoje, nem senti a suave brisa entrando pela janela e desarrumando carinhosamente meus cabelos.
Vivo chegando atrasada nos lugares, nos amores, nos parques, na vida...
Tenho tempo pra sorrir? Sim!
Tenho tempo pra amar? Sim!
Tenho tempo pra gostar de viver? Tenho sim, senhor!
Me recuso a deixar passar esse tempo tão precioso, tão gostoso, minha infância, juventude... Não posso crer que completei 42 anos! O que foi que fiz, o que vivi nesse tempo?
Meu corpo se recusa a acreditar, me revolto, me rebelo e teimo em viver cada dia como se fosse o último, o único, com tamanha intensidade que nem me importo mais quando dizem que cheguei atrasada novamente...

8 de julho de 2009

Refletindo sobre Resiliência

Alguns temas que acho interessante estão sempre voltando à minha mente. Uma das coisas que mais me dá prazer é aprender, por isso estou sempre pesquisando e buscando novos conhecimentos. Esta semana uma pessoa fez um comentário aqui no blog na postagem sobre resiliência "Como eu gostaria de ser deste jeito!".
Apesar de anônimo, o comentário me sensibilizou, e para ajudar a esclarecer um pouco mais, estou postando um texto de uma colaboradora da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) que achei interessante.
RESILIÊNCIA

Professora Sandra Maia Farias Vasconcelos, Dr.

Há mais de quarenta anos, a ciência tem-se interrogado sobre o fato de que certas pessoas têm a capacidade de superar as piores situações, enquanto outras ficam presas nas malhas da infelicidade e da angústia que se abateram sobre elas como numa rede engodada. Por que certos indivíduos são capazes de se levantar após um grande trauma e outros permanecem no chamado fundo do poço, incapazes de, mesmo sabendo não ter mais forças para cavar, subir tomando como apoio as paredes desse poço e continuar seu caminho?
As experiências e estudos feitos têm mostrado algumas explicações científicas sobre esse fato. A biologia defende o ponto de vista de que cada ser humano é dotado de um potencial genético que o faz ser mais resistente que outros. A psicologia, por sua vez, dá realce e importância das relações familiares, sobretudo na infância, que construirá nesse indivíduo a capacidade de suportar certas crises e de superá-las. A sociologia vai fazer referência à influência do entorno, da cultura, das tradições como construtores dessa capacidade do indivíduo de suplantar as adversidades. A teologia traz um aporte diferente pela própria subjetividade transcendente, uma visão outra da condição humana e da necessidade do sofrimento como fator de evolução espiritual: o célebre “dar a outra face”.
Mas foi o cotidiano das pessoas que passam por traumas, que realmente atravessam o vale das sombras, o que realmente atraiu a curiosidade de cientistas do mundo inteiro. Não são personagens de ficção que se erguem após a grande queda; são homens, mulheres, crianças, velhos, o indivíduo comum do mundo que retoma sua vida após a morte de um filho, a perda de uma parte de seu corpo, a perda do emprego, doenças graves, físicas ou psíquicas, em si mesmo ou em alguém da família, razões suficientes para levar um indivíduo ao caos. Esses que são capazes de continuar uma vida de qualidade, sem autopunições, sem resignação destruidora, que renascem dos escombros, esses são seres resilientes.
A resiliência é um termo oriundo da física. Trata-se da capacidade dos materiais de resistirem aos choques. Esse termo passou por um deslizamento em direção às ciências humanas e hoje representa a capacidade de um ser humano de sobreviver a um trauma, a resistência do indivíduo face às adversidades, não somente guiada por uma resistência física, mas pela visão positiva de reconstruir sua vida, a despeito de um entorno negativo, do estresse, das contradições sociais, que influenciam negativamente para seu retorno à vida. Assim, um dos fatores de resiliência é a capacidade do indivíduo de garantir sua integridade, mesmo nos momentos mais críticos.
Não se é resiliente sozinho, embora a resiliência seja íntima e pessoal. Um dos fatores de maior importância é o apoio e o acolhimento, feito em geral por um outro indivíduo, e essencial para o salto qualitativo que se dá. Alguns autores nomearam essas pessoas: Flash chamou-o mentor de resiliência; Cyrulnik chamou-o tutor de resiliência; muito antes Bolwby chamou-o figura de apego. Denominações a parte, a resiliência ganha hoje seu espaço na pesquisa em ciências humanas, médicas, sociais, administrativas etc.
Mas não se forma um mentor/tutor/figura de apego. Não se pode dizer que alguém vai ser a partir de agora esse indivíduo que vai chegar para operar o milagre. A resiliência é, na verdade, o resultado de intervenções de apoio, de otimismo, de dedicação e amor, ideias e conceitos que entram sorrateiramente nas ciências como causa e efeito, intervenção e resultado, hipótese e tese de que as relações intra e inter-humanas são relações que ultrapassam o rigor do empirismo para encontrar o acaso.
Fonte: VASCONCELOS, Sandra Maia Farias. Anais do 58ª Reunião Anual. SBPC. Disponível em:
http://www.sbpcnet.org.br/livro/57ra/programas/CONF_SIMP/textos/sandravasconcelos-resiliencia.htm

30 de junho de 2009

Violência contra Mulher

Eu acredito que a educação é a melhor forma de prevenção. Compartilhar informação e esclarecimentos pode ajudar as pessoas a identificar e evitar que novos abusos aconteçam. Todos os meios de comunicação devem ser utilizados para melhorar a qualidade de vida das pessoas.
Conheci um site que discute o tema da violência contra as mulheres.


Glossário sobre violência contra a mulher

Abuso sexual - envolvimento de crianças e adolescentes em atividades sexuais, geralmente repetitivas e intencionais por parte do abusador, as quais os/as vitimados/as não compreendem totalmente, com as quais não estão aptos/as a concordar e que violam as regras sociais e familiares de nossa cultura.
Aliciamento - sedução.
Ameaça - ação de intimidação, por palavra, escrita ou gesto, ou qualquer outro meio simbólico, de promessa de causar mal à mulher.Assédio sexual no espaço de trabalho - consiste na solicitação de favores sexuais, por meio de atos, conduta verbal, não-verbal ou física, baseada em relações assimétricas de poder entre o solicitante e a vítima, criando um ambiente de trabalho hostil, abusivo e ofensivo.
Atentado violento ao pudor - obrigar alguém, com violência ou grave ameaça, a praticar (ou praticar nela) atos de natureza sexual, diferente da conjunção carnal, com o fim de sentir prazer sexual.
Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher (DEAM) - As delegacias foram criadas para atender as mulheres que são vítimas de violência ou outros crimes previstos no Código Penal. Essas delegacias, chamadas também de Delegacias da Mulher (DDM), dão orientação às mulheres sobre seus direitos, registram denúncias e abrem inquéritos policiais, fazem prisões em flagrante e podem encaminhar para exame de corpo de delito. Após o registro do BO (Boletim de Ocorrência), pode ser instaurado o inquérito policial. Na investigação, são ouvidas a vítima e as pessoas envolvidas no caso, isto é, o agressor e as testemunhas. A maioria dos casos que elas atendem é de ameaças e agressões físicas.
Discriminação contra a mulher - toda distinção, exclusão ou restrição baseada no sexo e que tenha por objetivo ou resultado prejudicar ou anular o reconhecimento, gozo ou exercício pela mulher dos direitos humanos e liberdades fundamentais nos campos político, econômico, social, cultural e civil, ou em qualquer outro campo.
Estupro - cópula violenta, sem consentimento de uma das partes; coito forçado; ou violação. Pode ser realizado por apenas uma pessoa ou por mais de um indivíduo, recebendo nesse caso a designação popular de “curra”.
Estupro incestuoso - quando praticado por parente com autoridade hierárquica sobre a vítima.
Exploração sexual - refere-se ao comércio das relações sexuais. A exploração sexual de crianças e adolescentes é uma relação mercantilizada de poder e de sexualidade, que visa a obtenção de proveitos por adultos e que causa danos biopsicossociais às/aos exploradas/os, que são pessoas em processo de desenvolvimento.
Juizado Especial Criminal - Jecrim ou “juizado de pequenas causas”, é definido na Lei nº 9.099/95. Criado para conciliação, processo, julgamento e execução, nas causas de sua competência, com processo orientado pelos critérios da oralidade, simplicidade, informalidade, economia processual e celeridade, buscando, sempre que possível, a conciliação ou a transação.
Lesão corporal - trata-se de uma agressão que ofende a integridade corporal ou a saúde da mulher.
Tráfico de mulheres - considera-se tráfico de mulheres todas as atividades que envolvam o recrutamento e o deslocamento para trabalhos ou serviços, dentro ou fora das fronteiras nacionais, por meio da violência ou ameaça de violência, abuso de autoridade ou posição dominante, cativeiro por dívida, fraude e outras formas de coerção.
Violência - é uma forma (inadequada) de resolver um conflito, representando um abuso de poder. “É a lei do mais forte sobre o mais fraco”. Tem como consequências: potencializar o medo, a insegurança e a revolta; levar a uma redução da autoestima e da capacidade produtiva; levar à depressão e ao isolamento; diminuir os sistemas de defesa, gerando as chamadas “doenças psicossomáticas”.
Violência contra a mulher - é qualquer conduta - ação ou omissão - de discriminação, agressão ou coerção, ocasionada pelo simples fato de a vítima ser mulher e que cause dano, morte, constrangimento, limitação, sofrimento físico, sexual, moral, psicológico, social, político ou econômico, bem como perda patrimonial. Essa violência pode acontecer tanto em espaços públicos como privados.
Violência de gênero - violência que sofrem as mulheres, sem distinção de raça, classe social, religião, idade ou qualquer outra condição, produto de um sistema social que subordina o sexo feminino.
Violência doméstica - quando ocorre em casa, no ambiente doméstico, ou em uma relação de familiaridade, afetividade ou coabitação.
Violência familiar - violência que acontece dentro da família, ou seja, nas relações entre os membros da comunidade familiar, formada por vínculos de parentesco natural (pai, mãe, filha etc.) ou civil (marido, sogra, padrasto ou outros), por afinidade (por exemplo, o primo ou tio do marido) ou afetividade (amigo ou amiga que mora na mesma casa).
Violência física - ação ou omissão que coloque em risco ou cause dano à integridade física de uma pessoa.
Violência institucional - tipo de violência motivada por desigualdades (de gênero, étnico-raciais, econômicas etc.) predominantes em diferentes sociedades. Essas desigualdades se formalizam e institucionalizam nas diferentes organizações privadas e aparelhos estatais, como também nos diferentes grupos que constituem essas sociedades.
Violência intra-familiar/violência doméstica - acontece dentro de casa ou unidade doméstica e geralmente é praticada por um membro da família que viva com a vítima. As agressões domésticas incluem: abuso físico, sexual e psicológico, a negligência e o abandono.
Violência moral - ação destinada a caluniar, difamar ou injuriar a honra ou a reputação da mulher.
Violência patrimonial - ato de violência que implique dano, perda, subtração, destruição ou retenção de objetos, documentos pessoais, bens e valores.
Violência psicológica - ação ou omissão destinada a degradar ou controlar as ações, comportamentos, crenças e decisões de outras pessoas por meio de intimidação, manipulação, ameaça direta ou indireta, humilhação, isolamento ou qualquer outra conduta que implique prejuízo à saúde psicológica, à autodeterminação ou ao desenvolvimento pessoal.
Violência sexual - ação que obriga uma pessoa a manter contato sexual, físico ou verbal, ou a participar de outras relações sexuais com uso da força, intimidação, coerção, chantagem, suborno, manipulação, ameaça ou qualquer outro mecanismo que anule ou limite a vontade pessoal. Considera-se como violência sexual também o fato de o agressor obrigar a vítima a realizar alguns desses atos com terceiros. Consta ainda do Código Penal Brasileiro: a violência sexual pode ser caracterizada de forma física, psicológica ou com ameaça, compreendendo o estupro, a tentativa de estupro, a sedução, o atentado violento ao pudor e o ato obsceno.
Fontes: Portal Violência contra a Mulher. Rede Feminista de Saúde, Dossiê Violência Contra a Mulher, 2001; Unifem/Instituto Patrícia Galvão, Não-Violência à Mulher - Um assunto que não pode esperar, 2004; Rede Mulher de Educação, Negócio de Mulher, 2003.

25 de junho de 2009

Essa pergunta foi a vencedora em um congresso sobre vida sustentável:
"Está todo mundo "pensando" em como deixar um planeta melhor para os nossos filhos... Quando é que "pensarão" em como deixar filhos melhores para o nosso planeta?"
Precisamos começar JÁ!
Uma criança que aprende o respeito e a honra dentro de casa e recebe o exemplo vindo de seus pais, torna-se um adulto comprometido em todos os aspectos, inclusive em respeitar o planeta onde vive...

15 de junho de 2009

Andei meio ocupada...

Pois é minha internet tem ficado mais lenta ou eu tenho escrito menos, não sei explicar os motivos com precisão, talvez seja por estar vivenciando os fatos antes de poder contar as histórias...
Uma coisa é verdade, tenho estudado e lido bastante!


Vou aproveitar este espaço pra divulgar um livro que prendeu minha atenção e tem me provocado muitas reflexões interessantes. Chama-se "Feridas Invisíveis: abuso não-físico contra mulheres" de Mary Susan Miller. Uma americana, doutorada em educação e estudos complementares em música, psicologia e literatura, atuou como conselheira no Centro Metropolitano de Reabilitação, a prisão federal do estado de Nova York e foi assistente para mulheres vítimas de violência na Vara de Família de Yonkers.




Milhões de mulheres em todo o mundo sofrem uma violência não-física por parte de maridos e companheiros, nem sempre fácil de identificar e neutralizar: Intimidações, manipulação emocional e sexual, humilhações, chantagens financeiras, etc. Este livro expõe a existência do problema, oferece meios de identificá-lo e sugere alternativas para que a mulher possa fugir do pesadelo.
A seguir transcrevi alguns parágrafos da introdução:

"A violência física em toda sua enormidade e horror não é mais um segredo. Entretanto, a violência que não envolve dano físico ou ferimentos corporais continua num canto escuro do armário para onde poucos querem olhar. O silêncio parece indicar que pesquisadores e escritores não enxergam feridas que não deixam cicatrizes no corpo e que as mulheres agredidas não-fisicamente têm medo de olhar para as feridas que deixam cicatrizes em sua alma.
A violência não física está lá, de formas tão sutis que as mulheres não conseguem reconhecê-la – o abuso emocional, psicológico, social e econômico... com consequências tão prejudiciais, que as suas vítimas se transformam em mortas vivas ...
O homem não escolhe uma forma de abuso não-físico para exercer o controle, evitando outras três; ele utiliza o que está disponível e é eficaz. Por exemplo, da mesma forma como o abuso social contra uma mulher muito ligada à família e aos amigos é uma arma poderosa, o abuso emocional, com sua privação econômica, seus jogos mentais psicológicos e a agressão ao ego, também pode ser. O vitimizador mantém o controle utilizando todos eles.
Da mesma forma, a mulher angustiada não faz nenhum esforço para rotular os diversos tipos de abuso que o homem lhe inflige; ela está preocupada com a sobrevivência. O abuso não-físico, de qualquer tipo , é a destruição acumulada do bem-estar emocional, psicológico, social e econômico de uma mulher.
A Battered Women’s Task Force da Coalition Against Domestic Violence, do estado de Nova York, juntamente com organizações de outros estados, fez grandes progressos no sentido de ajudar as mulheres a identificarem a violência não-física e, também, oferecer apoio e orientação.
O primeiro passo é pedir às mulheres que examinem a lista de perguntas a seguir, que identifica 19 comportamentos abusivos.
O seu parceiro:
1. Bate, esmurra, esbofeteia, empurra ou morde você?
2. Ameaça feri-la ou aos seus filhos?
3. Ameaça ferir amigos ou membros da família?
4. Tem súbitos acessos de raiva ou fúria?
5. Comporta-se de maneira superprotetora?
6. Fica com ciúmes sem motivo?
7.Não a deixa visitar a sua família ou os seus amigos?
8. Não a deixa ir aonde você quer, quando quer?
9. Não a deixa trabalhar ou estudar?
10. Destrói sua propriedade pessoal ou objetos de valor sentimental?
11. Não a deixa ter acesso aos bens da família, como contas bancárias, cartões de crédito ou o carro?
12. Controla todas as finanças e, obriga-a a prestar contas daquilo que você gasta?
13. Obriga-a a fazer sexo contra a sua vontade?
14. Força-a a participar de atos sexuais que você não aprecia?
15. Insulta-a ou chama-a por nomes pejorativos?
16. Usa a intimidação ou a manipulação para controlá-la ou a seus filhos?
17. Humilha-a diante dos filhos?
18. Transforma incidentes insignificantes em grandes discussões?
19. Maltrata ou ameaça maltratar animais de estimação?
No final da lista está escrito: “Se você respondeu sim a uma ou mais perguntas acima... pode estar sendo vitima de abuso”. Observe que apenas um dos dezenove comportamentos é físico. Os outros dezoito identificam quatro diferentes tipos de abuso não-físico.
Com muita frequência, como conselheira e assistente da Vara de Família, mostro essa lista para as mulheres que solicitam proteção contra homens que as agrediram fisicamente. Ao lerem a lista ficam estarrecidas, concordando com um movimento de cabeça. “Ele tem feito todas essas coisas durante anos”, elas dizem, “mas eu nunca soube que era violência até ele me bater.”
...
“Os maridos não são todos assim?”.
Assim: autoritário, emocionalmente contido, superprotetor, insensível aos seus sentimentos. Assim: controlando as finanças da família, exigindo a sua atenção quando ele a deseja, esperando a sua submissão. Assim: usando o sexo como o seu direito de marido, culpando-a pelos problemas, manipulando-a para fazê-la aceitar as suas decisões. Assim: fazendo-a viver como uma ninguém tal qual ouvira no tribunal. E, mesmo assim, encantador no escritório, socialmente agradável com os amigos, um bom marido aos olhos do mundo e que também poderia perguntar: “Nós não somos todos assim?”.
Fonte: Miller, Mary Susan. Feridas Invisíveis: abuso não-físico contra mulheres. São Paulo: Summus, 1999.

17 de março de 2009

Arte de dizer não

Já falei aqui sobre minha dificuldade crônica em dizer Não. Tenho refletido, meditado, orado e levado pra minha terapia esse assunto, mas por enquanto ainda estou em fase de recuperação desta síndrome.
Esta semana encontrei um texto que escolho compartilhar com aqueles que sentem a mesma dificuldade que eu.


A Arte de dizer não 
 Dr. Alessandro Loiola*/Especial para BR Press

(BR Press) - Tenho inúmeros pacientes cuja pressão elevada, insônia, distúrbio da ansiedade, depressão, compulsão alimentar ou obesidade foram causados pela incapacidade de dizerem NÃO. Eles saem pela rua colocando sobre as costas toda e qualquer carga de responsabilidade que encontram pela frente. No final do dia, estão piores que o último bagaço de laranja do Ceasa, e ainda recebem críticas porque estão deixando o serviço atrasar...
Dizer NÃO é essencial, mas o problema é que não recebemos treinamento específico para isso. As empresas, as universidades, os cursos pré-nupciais, em toda parte onde se ensina a fazer alguma coisa, ninguém ensina como NÃO fazer. Contudo, existem ocasiões em que você simplesmente já tem tarefas demais, e ser capaz de dizer NÃO pode ser a única forma de manter a sanidade física e mental.
Se você vive reclamando de desgaste e sobrecarga de trabalho, e só agora percebeu que é mais uma vítima dos que não sabem dizer NÃO, recomendo o seguinte: faça uma lista das situações em que você gostaria de dizer NÃO, mas não foi capaz de abandonar o SIM. E escolha uma desculpa de acordo com sua personalidade a partir da lista abaixo:
O EXECUTIVO
Ele diz NÃO escapando pelo excesso de coisas por fazer: "O problema é que estou envolvido em outros projetos até 2096..." ou então "No momento (leia-se: até o dia em que você parar de pedir) não acredito que seja possível encaixar mais nada na agenda...". Alguns ainda fecham com chave de ouro, tirando da pasta todo seu grau de excelência, dizendo "E além de tudo, tenho que manter aquela qualidade que você já conhece."
O RELAÇÕES-PÚBLICAS
De repente o sujeito é seu amigo, mas ainda assim... "Rapaz, prefiro recusar agora a fazer um serviço ruim e lhe prejudicar". Ou "Até gostaria, o problema é que estou atolado em outro trabalho, sem tempo para nada". Porém, um verdadeiro Relações-Públicas sempre dará um jeito de emendar a recusa com algo como: "Mas posso indicar alguém para ajudar se você quiser". E lhe encaminhará para um Executivo. Ou um Pobre-Coitado.
O POBRE-COITADO
Balance a cabeça de modo tristonho enquanto repete "Olha, infelizmente não me acho a pessoa mais indicada para esse serviço", "Não tenho muita experiência no assunto" ou "Não é o meu forte". Mas atenção: evite emendar as 3 desculpas em uma mesma frase. Não gaste de uma vez todos os seus trunfos! Dê respostas diferentes para cada vez que o outro insistir.
Se preferir, recuse fazendo uma massagem estilo drenagem linfática no Ego do outro ("Tenho certeza de que você é capaz de fazer isso pelo menos 10 mil vezes melhor do que eu!") ou chore um lamento hipocondríaco tipo "O médico recomendou que reservasse um tempo livre para cuidar da saúde, dedicar à família, descobrir meu verdadeiro eu, sabe como é...".
Até eu fiquei com pena.
O PRÁTICO
Algumas vezes, um simples e curto NÃO é suficiente. Os especialistas em Recursos Humanos recomendam que você faça isso de modo claro, firme porém cortês, deixando todas as portas abertas para um bom relacionamento no futuro. Depois, monte um curso bem caro para contar como foi que você conseguiu um milagre desses.

Fonte: http://br.news.yahoo.com/s/13032009/11/saude-arte-dizer-nao.html

*Dr. Alessandro Loiola é médico, escritor e palestrante. Autor de, entre outros livros, "Para Além da Juventude - Guia para uma Maturidade Saudável" (Editora Leitura). Fale com ele pelo e-mail aloiola@brpress.net

17 de fevereiro de 2009

Boas Notícias

Realmente vale a pena investir em qualidade de vida.
Há alguns meses (agosto/2008) eu escrevi que fui reprovada no Teste de Esforço.
Fiquei muito assustada com o resultado de meus exames periódicos que mostraram uma série de irregularidades incluindo pressão alta e exames de sangue alterados.
O diagnóstico na época foi um quadro de Síndrome Metabólica ocasionado principalmente pelo sedentarismo e o excesso de peso.
Recebi vários e merecidos "puxões de orelha", desde então estou seguindo as recomendações do cardiologista, da endocrinologista, da nutricionista e comecei a fazer exercícios regulares acompanhada por uma professora de educação física.
A boa notícia é que os primeiros resultados já estão aparecendo. Repeti o exame de esforço físico (Teste Ergométrico) e meu resultado foi muito bom, quer dizer minha capacidade cardio-respiratória foi considerada boa e meu risco de doença coronariana muito baixo. Consegui caminhar na esteira 8 minutos completando o protocolo esperado para minha idade!
Estou bastante feliz com os 4 quilos emagrecidos, principalmente porque sei que perdi muito mais medidas... A balança não é boa conselheira! Ela pode nos confundir e fazer duvidar do progresso conseguido com muito sacrifício.
Estou usando roupas menores, me sentindo mais leve e forte e respirando muito melhor. Já estou começando a fazer amizade com o espelho. Risos...
Como "quem canta seus males espanta" vou celebrar cantando com a Rita Lee a música Saúde, que neste momento parece que foi feita pra mim.
Com sua licença, vou pegar a bicicleta e dar uma pedalada...
Pra vocês deixo forte um abraço!

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Rita Lee - Saude
Saúde
Composição: Rita Lee/Roberto de Carvalho
Me cansei de lero-lero
Dá licença mas eu vou sair do sério
Quero mais saúde
Me cansei de escutar opiniões
De como ter um mundo melhor
Mas ninguém sai de cima
Nesse chove-não-molha
Eu sei que agora
Eu vou é cuidar mais de mim!

Como vai, tudo bem
Apesar, contudo, todavia, mas, porém
As águas vão rolar
Não vou chorar
Se por acaso morrer do coração
É sinal que amei demais
Mas enquanto estou viva
Cheia de graça
Talvez ainda faça
Um monte de gente feliz!

PS.: Você pode ouvir mais visitando a página da própria Rita Lee

3 de fevereiro de 2009

Vivendo e aprendendo!

Pensando nas relações humanas, nas fraquezas e nas qualidades, nos desejos e nas frustrações...
Refletindo sobre a fragilidade da vida, os desafios e os limites...
Às vezes fico sem palavras, meio alegre e meio triste... totalmente abobalhada.
Aí, eu recebo um e-mail de um amigo e fico totalmente impactada!
Como não costumo ser egoísta, vou compartilhar com meus amigos virtuais.
Um abraço,
Luiza Helena

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Modo de usar-se

"Coitada, foi usada por aquele cafajeste". Ouvi essa frase na beira da praia, num papo que rolava no guarda-sol ao lado. Pelo visto a coitada em questão financiou algum malandro, ou serviu de degrau para um alpinista social, sei lá, só sei que ela havia sido usada no pior sentido, deu pra perceber pelo tom do comentário. Mas não fiquei com pena da coitada, seja ela quem for.
Não costumo ir atrás desta história de "foi usada". No que se refere a adultos, todo mundo sabe mais ou menos onde está se metendo, ninguém é totalmente inocente. Se nos usam, algum consentimento a gente deu, mesmo sem ter assinado procuração. E se estamos assim tão desfrutáveis para o uso alheio, seguramente é porque estamos nos usando pouco.
Se for este o caso, seguem sugestões para usar a si mesmo: comer, beber, dormir e transar, nossas quatro necessidades básicas, sempre com segurança, mas também sem esquecer que estamos aqui para nos divertir. Usar-se nada mais é do que reconhecer a si próprio como uma fonte de prazer.
Dançar sem medo de pagar mico, dizer o que pensa mesmo que isso contrarie as verdades estabelecidas, rir sem inibição – dane-se se aparecer a gengiva. Mas cuide da sua gengiva, cuide dos dentes, não se negligencie. Use seu médico, seu dentista, sua saúde.
Use-se para progredir na vida. Alguma coisa você já deve ter aprendido até aqui. Encoste-se na sua própria experiência e intuição, honre sua história de vida, seu currículo, e se ele não for tão atraente, incremente-o. Use sua voz: marque entrevistas.
Use sua simpatia: convença os outros. Use seus neurônios: pra todo o resto.
E este coração acomodado aí no peito? Use-o, ora bolas. Não fique protegendo-se de frustrações só porque seu grande amor da adolescência não deu certo. Ou porque seu casamento até-que-a-morte-os-separe durou "apenas" 13 anos. Não enviuve de si mesmo, ninguém morreu.
Use-se para conseguir uma passagem para a Patagônia, use-se para fazer amigos, use-se para evoluir. Use seus olhos para ler, chorar, reter cenas vistas e vividas – a memória e a emoção vêm muito do olho. Use os ouvidos para escutar boa música, estímulos e o silêncio mais completo. Use as pernas para pedalar, escalar, levantar da cama, ir aonde quiser. Seus dedos para pedir carona, escrever poemas, apontar distâncias. Sua boca pra sorrir, sua barriga para gerar filhos, seus seios para amamentar, seus braços para trabalhar, sua alma para preencher-se, seu cérebro para não morrer em vida.
Use-se. Se você não fizer, algum engraçadinho o fará. E você virará assunto de beira de praia.

6 de novembro de 2008

Doar sangue é doar vida

Doar faz bem.
Doar Sangue não afina nem engrossa o sangue, não engorda nem emagrece, não vicia e faz bem para a conciência.

Doar sangue é seguro.
Todo material utilizado na coleta de sangue é descartável. Ao doar sangue, você vai ser orientado e acompanhado por experientes profissionais de saúde.

O que é preciso para doar sangue?
Você precisa ter entre 18 e 65 anos, estar com boa saúde, pesar mais de 50kg, não estar de jejum e levar um documento de identidade.

Informação é fundamental.
Quando for doar sangue lembre-se de responder corretamente às perguntas durante a entrevista. O sangue seguro começa com doador de sangue.
Você pode doar sangue nos postos fixos do Hemocentro do seu estado.
As coletas também podem ser feitas através das equipes móveis.
Para ter mais opções, procure a Secretaria de Saúde do seu estado
Para saber mais:
Fundação Pró-Sangue – Hemocentro de São Paulo
Instituto Estadual de Hematologia Arthur de Siqueira Cavalcanti – HEMORIO

25 de setembro de 2008

Projeto qualidade de vida!

Bons dias! Boas tardes e noites!
Nas últimas semanas eu vivi alguns momentos de confusão e desânimo.
Tenho pensado bastante mas, ainda não consegui traduzir em palavras a tempestade de sentimentos que ocupou minha mente durante estes dias. Confesso que me assusta perceber que estou "envelhecendo", me sinto jovem. Meu corpo não acredita na minha mente, sinto muito vigor e vontade de aprender mas, estou cheia de "cre-cré-cré".
Vou explicar!
Todos os anos, na época do meu aniversário, me proponho a fazer exames preventivos. Não poderia me recusar a fazê-los, pois sou da área de saúde e passo boa parte do tempo educando as pessoas para se cuidarem.
Já comentei aqui sobre minha reprovação no teste de esforço, e desde aquela data estou envolvida entre consultas e exames. Ando aborrecida, pois após cada consulta sou encaminhada para outros especialistas e novos pedidos de exames. Até parece que tenho mania de doença!
A funcionária do laboratório já me conhece e nesta terça feira falou que vou "virar peneira". Ainda tenho que colher mais sangue no sábado! Não me queixo, não apresento sintomas além da obesidade. Ok! Já entendi que estou correndo riscos e por isso estou investindo no projeto de qualidade de vida. Estou empenhada a seguir todas as recomendações médicas para modificar este quadro até meu próximo aniversário.
O clínico geral pediu os exames de sangue e me encaminhou pro cardiologista. Depois pro endocrinologista, gastroenterologista e nefrologista. O endócrino me encaminhou pra nutricionista e pra academia. Estou emagrecendo de tando fazer jejum pra exame!
Ainda bem que tenho plano de saúde! Fico imaginando a dificuldade das pessoas que dependem do sistema público de saúde.
Enquanto isso, estou lendo sobre Qualidade de vida.
Algumas sugestões:
- Qualidade de vida - site médico
- Rumo saudável - qualidade de vida e desenvolvimento de pessoas
- O impacto do (bom) humor sobre o estresse e a saúde - G. J. Ballone
- ABESO - Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica
- Síndrome Metabólica - Drausio Varela
- SBD - Sociedade Brasileira de Diabetes - Síndrome Metabólica

24 de agosto de 2008

Fui reprovada no teste de esforço!

Demorei pra escrever, eu sei. Ainda estou sob um grande impacto. Essa semana fiz um check-up, queria voltar a fazer exercícios físicos depois de longo tempo de sedentarismo. Tenho levado a sério as recomendações, já não sou uma menininha, quem diria! Já passei dos 40!
Pois é! Recebi más notícias. Durante o teste ergométrico minha pressão sanguínea subiu demais, caminhando na esteira chegou a 23 por 10 em poucos minutos. Foi um grande susto, não acreditei no médico. Eu não senti nada, nem estava começando a ficar cansada. O cardiologista disse que preciso perder peso antes de poder começar a fazer exercícios com regularidade. Só que não sei como perder peso sem fazer algum exercício...
Estou diante de um grande desafio, meu corpo estava enviando uma série de pequenas mensagens que eu não podia ouvir. Já lutei por grandes e pequenas causas, já me empenhei, muitas vezes perdi e tive que recomeçar. Superei grandes decepções, sobrevivi a traumas e abusos morais. Estou aqui, mal consegui organizar minha vida pessoal, reconquistar a amizade das minhas filhas e convalescendo a uma depressão. Todas as outras questões ficaram menores, menos importantes. Terei que começar nova batalha pela saúde, pela qualidade de vida.

1 de junho de 2008

Criatividade

"Apesar de tudo, seja ousado.
Liberte sua criatividade.
E NUNCA DESISTA DOS SEUS SONHOS,
pois eles transformarão sua vida em uma grande aventura."
Tenho que confessar, estou lendo o livro "Treinando a emoção para ser feliz" de Augusto Cury; estou aprendendo a cultivar a minha auto-estima, a valorizar minhas competências e a superar minha fraquezas e fragilidades. Conheci este autor quando ganhei de presente o livro "Nunca desista de seus sonhos." Foi uma grande lição pra mim.
Assim, até parece que estou fazendo propaganda gratuita, não é isso! O que eu quero é apenas compartilhar algumas palavras que tem renovado minhas forças nas horas tristes da vida. Estou aprendendo a gerenciar meu pensamentos e emoções. Quem não viveu perdas e frustrações pode me atirar a primeira pedra.

Estou aprendendo algumas lições:
- Duvidar de tudo que não promove a vida.
- Contemplar o belo nos pequenos eventos da vida.
- Irrigar o palco da mente com pensamentos agradáveis.
- Pensar como adulto e sentir como uma criança.
- Não fazer velório antes do tempo, não sofrer por antecedência.
- Proteger minha emoção nos focos de tensão.
- Não ser carrasco de mim mesma.
"Todos passamos por dificuldades.
Algumas são imprevisíveis e inevitáveis.
Tenha coragem,
Você pode atravessar o deserto da vida!"

3 de maio de 2008

Saudades


Sinto falta do tempo em que
Sentava num banco, numa praça e esperava o tempo passar...
Com boa companhia pra jogar conversa fora...
Brincar com as crianças que correm alegres...

Sinto muito...

O tempo urge, as coisas mudam, a gente cresce, trabalha, cria família, filhos...
Deixa pra lá...

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Mudando de assunto...
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Já deu pra perceber que fiquei uns 10 dias sem escrever...
Parece que o tempo parou, só pra eu ficar refletindo... meditando...
Que nada, o tempo não pára!

Só o coração da gente é que clama por um pouco de atenção. Nós nem percebemos quanta sabedoria tem o nosso corpo. Devíamos dar mais atenção aos sinais e sintomas de mal-estar.

Sou profissional de saúde e minha tarefa é cuidar, gosto do meu trabalho, sou grata pela oportunidade de ajudar, sinto que estou no lugar certo na hora certa, mesmo quando encontro pessoas com suas dores e perdas.


No meu último post coloquei umas informações sobre cancer de mama e destaquei a importância da informação como ajuda a prevenir e evitar muitos sofrimentos.
Confesso que tinha um pensamento altruísta e generoso querendo apenas ajudar a mais pessoas... Mas, apenas boa intenção não funciona! É preciso muito mais que isso!

Sempre ouvimos falar nas campanhas de ONGs, pessoas dando depoimentos emocionantes de como sofreram e sobreviveram graças à tecnologia e evolução da medicina.
Conhecemos até pessoalmente alguns testemunhos de pessoas que lutaram e venceram o cancer, pessoas valentes e corajosas, capazes de esforços sobrehumanos para superar a dor e a mutilação.
Difícil é quando acontece bem perto de nós, tão perto que nem conseguimos acreditar...
Achei que nunca aconteceria comigo! Negamos! Sofremos desorganizados! Negociamos! Aceitamos e finalmente nos recuperamos!

Às vezes apenas uma suspeita pode deixar a pessoa em pleno processo de luto! Ficamos com tanto medo que evitamos maiores informações, temendo a certeza do diagnóstico, ou mesmo a necessidade de exames invasivos e dolorosos...

Precisamos confiar mais nas mensagens silenciosas do nosso corpo! Não pretendo esticar o assunto relatando as descobertas da ciência sobre as doenças "psicossomáticas", nem vou especular sobre assuntos assim tão complicados.

Nosso corpo sabe a hora de correr e a hora de parár; está diariamente enviando sinais de desconforto, cansaço, sono... fome de afeto, estímulo, novidade...
Nós continuamos... trabalhando, ganhando a vida, construindo, consumindo... Nem percebemos o quanto estamos perdendo... Saúde mental, social, ecológica! Qualidade de vida!

A vida é boa pra ser vivida, compartilhada, colorida, criativa!
Lembrando o poeta Gonzaguinha que cantou:
"Viver, e não ter a vergonha de ser feliz!
Cantar e cantar e cantar
A beleza de ser um eterno aprendiz.
Ah, meu Deus, eu sei, eu sei
Que a vida devia ser bem melhor e será
Mas isso não impede que eu repita
É bonita, é bonita e é bonita."

22 de abril de 2008

Compartilhar informações é promover a prevenção!

Câncer de Mama

O câncer de mama é provavelmente o mais temido pelas mulheres, devido à sua alta freqüência e sobretudo pelos seus efeitos psicológicos, que afetam a percepção da sexualidade e a própria imagem pessoal. Ele é relativamente raro antes dos 35 anos de idade, mas acima desta faixa etária sua incidência cresce rápida e progressivamente.
Este tipo de câncer representa nos países ocidentais uma das principais causas de morte em mulheres. As estatísticas indicam o aumento de sua freqüência tantos nos países desenvolvidos quanto nos países em desenvolvimento.
No Brasil, o câncer de mama é o que mais causa mortes entre as mulheres. Consulte a publicação Estimativa de Incidência de Câncer no Brasil para 2008.
As formas mais eficazes para detecção precoce do câncer de mama são o exame clínico da mama e a mamografia.

O auto-exame previne a doença?O exame das mamas realizado pela própria mulher, apalpando os seios, ajuda no conhecimento do próprio corpo, entretanto, esse exame não substitui o exame clínico das mamas realizado por um profissional de saúde treinado. Caso a mulher observe alguma alteração deve procurar imediatamente o serviço de saúde mais próximo de sua residência. Mesmo que não encontre nenhuma alteração no auto-exame, as mamas devem ser examinadas uma vez por ano por um profissional de saúde!

O que mais a mulher pode fazer para se cuidar?Ter uma alimentação saudável e equilibrada (com frutas, legumes e verduras), praticar atividades físicas (qualquer atividade que movimente seu corpo) e não fumar. Essas são algumas dicas que podem ajudar na prevenção de várias doenças, inclusive do câncer.

6 de fevereiro de 2008

Posso trocar a velha janela aberta por esse caminho verde!

Luiza Helena
Eu Posso!!

Tenho certeza que os melhores momentos estão chegando! Trazendo dias ensolarados e tranquilos, e até chuvosos e úmidos.
Vejo minhas filhas alegres e barulhentas como os pássaros que insistem em me chamar pra vida!
Posso finalmente passear neste lugar verde por todos os lados; ouço, enfim, o som suave do pequeno riacho que corre faceiramente pelo leito estreito de pedras. Mergulho na água transparente e gelada!
Sinto o aroma das flores desabrochando; respiro ar puro, fresco e úmido.
Saboreio as frutas maduras como fazem as crianças doces...
Sem me importar se é fantasia ou realidade, sento à sombra desta agradável varanda,

Fico entusiasmada enquanto escrevo estas palavras insistentes que teimam em escorrer por entre meus dedos enquanto tento segurá-las...
Posso sentir a brisa soprar suavemente
e as nuvens cinzentas e insistentes anunciando
a próxima chuva que vai levar embora meus pensamentos tristes ...

Eu Posso!!

29 de janeiro de 2008

Finalmente!

Luiza Helena

Tenho certeza que momentos melhores virão,
dias ensolarados e tranquilos,
com cheiro de flores e som de pássaros.

Poderei finalmente passear
num lugar cheio de verde por todos os lados,
ouvir o som suave de um pequeno riacho
que corre faceiramente pelo leito de pedras
mergulhar na água transparente e limpa,

sentir o suave aroma de flores,
respirar o ar puro e fresco,

experimentar do fruto maduro e doce,
sentar à sombra de uma árvore caudalosa,
sentir a brisa soprar sua semente, as folhas e flores.

Vou sair de férias!
Aproveitarei cada minuto de descanso e alegria!

Tenho certeza que em breve poderei
finalmente escrever bem bonito
falando do grande amor que sinto

por Deus, pela vida, e as pessoas.