25 de março de 2008

Amanhecendo e vivendo

A cada novo amanhecer meu coração se enche de alegria...
Melhores dias, cores, flores e talvez até amores...
Mesmo que ainda sofra os restos de nostalgia e frustração,
Creio que enquanto há vida a esperança permanecerá acesa!
Mesmo que neste momento ainda não possa perceber,
Sei que novos e melhores dias virão!

18 de março de 2008

A beleza está nos olhos de quem vê?

Uma mente cheia de sons, cores e livros pode sonhar como parábolas ou metáforas de uma vida possível?
Sonhos de longa metragem ou de seriados.
Imagens buscando ser contadas e ouvidas.
Certezas e incertezas em busca da verdade.
Palavras em busca de um autor.
Coragem de ser quem sou: apenas uma mulher que sonha e crê.

Sou grata pelo que vejo e desejo.
Coração de papel, sangue de tinta, dedos esferográficos.
Um sonho de liberdade e o medo de ser quem sou: apenas uma garotinha.
Dias melhores virão!

14 de março de 2008

Apenas um encontro!


Uma praça, um livro e um olhar.
Sentou-se ao meu lado um pouco antes de me perguntar se incomodava.
- "Bom dia! Posso me sentar aqui ao seu lado?"
Moreno, cabelo curto, porte atlético, vestido como jovem e aparentando pouca idade.
- "Você gosta mesmo de ler!"
Continuei minha leitura, como se nada tivesse me acontecido.

Me olhava como uma pessoa faminta olha um prato suculento; como o cão que observa um frango assado na vitrine assadeira. Negou tanta vezes estar interessado em mim, que quase me fez acreditar. Seu olhar guloso me inspirou a sensação de ser desejada, apesar do excesso de peso. Estou obesa e nem um pouco satisfeita com meu corpo atual. Me senti ruborizar cada vez que ouvia seus elogios. Como era falante o rapaz!
Um olhar firme e penetrante me convenceu de que ele estivesse realmente falando a verdade.
Nem adiantava continuar tentando manter minha atenção no livro...
Achei-o muito novo, por esse motivo lhe perguntei qual a idade que ele achava que eu tenho. Me deu uns vinte e poucos, neste momento eu retirei os óculos escuros e repeti a pergunta. Retribui o olhar fixamente para que me confirmasse a verdadeira idade. Percebi a surpresa no olhar dele enquanto falava:
- "Você parece ser mais madura, tipo uns trinta e poucos..."
Meu sorriso foi rapidamente substituído por uma gargalhada solta e gostosa que há muito eu não experimentava.
- "Que cor são os seus olhos? À primeira vista parecem castanhos, mas quando observados mais de perto, sob certa luz pode se ver o brilho e a cor que refletem. São cor de mel, a mesma cor dos meus! Com certeza! Temos alguma coisa em comum!"
Confessei meus 41 anos, enquanto ele se esforçava em explicar como estou conservada:
- "... Aos meus olhos você é muito interessante..."
Interrompi com uma pergunta:
- "Então você sente uma forte atração por coroas gordinhas?"
Não consegui segurar o riso enquanto ele gaguejava tentando me esclarecer sobre a verdadeira diferença entre "fofinha, gordinha e gorda".
Uma sensação relaxante percorreu todo o meu corpo, percebi um forte aquecimento central... Eu estava gostando (e muito!) de estar sendo cortejada por um jovem saudável que poderia ter a garota que quisesse. Neste momento, percebi a mudança de olhar e o movimento de cabeça ligeiramente disfarçado em direção à duas jovens e sensuais adolescentes que passavam pela praça. As moças nem podiam suspeitar do clima de sedução e ferormônios que nos rondavam naquele momento. Meu novo amigo percebeu que o vi acompanhando o andar das duas moças e iniciou rapidamente um discurso bastante eloquente sobre conteúdo e corpo, mente vazia e fútil e a maturidade de muita experiência de vida que no meu caso estariam despertando nele muito interesse, etc., etc. e tal!
Meu celular tocou como se me despertasse pra realidade da vida e minha curta aventura terminou antes que pudesse começar. Minha amiga estava confirmando minha presença pro almoço e dessa forma me despedi do jovem interlocutor, que ainda me olhava com face suplicante...
- "Apenas um beijo! Pra celebrar esse encontro!"

8 de março de 2008

Quem é a Mulher Brasileira?

Luiza Helena 
Uma sonhadora, lutadora, empreendedora, resiliente, persistente, vencedora, desbravadora, cientista, criativa, inovadora, revolucionária, trabalhadora, conquistadora, perseverante...
Queria ter palavras sufucientes e adequadas para listar todas as qualidades da mulher brasileira!
Precisaria de muito mais do que 365 dias para enumerar todo o talento e valor de cada uma!



Sinto orgulho de ser e de participar deste movimento de mobilização e valorização da mulher!
Acredito que a informação e a conscientização são ingredientes indispensáveis para fortalecer a imagem e a cultura, reconhecer nossos talentos naturais e principalmente, fazer justiça àquelas mulheres que nos dão diariamenrte exemplos de ousadia e coragem sendo ao mesmo tempo mulher, mãe e profissional, trabalhando para crescimento e desenvolvimento da família e desafiando crises, conflitos, limitações e dificuldades da sociedade brasileira.

6 de março de 2008

Violência Doméstica - Um caso exemplar

Maria da Penha Maia Fernandes, famacêutica aposentada do estado do Ceará, conseguiu provar ao mundo o descaso das autoridades brasileiras em relação à violência doméstica contra mulheres.

O marido, o economista colombiano naturalizado brasileiro Marco antonio Heredia Viveros, disparou um tiro enquanto ela dormia. Na época, com 38 anos de idade, dividia seu tempo entre a casa, o marido, três filhas pequenas e o trabalho mo Instituto de Previdência do Ceará.

Com 60 anos, completados em fevereiro de 2005, Maria da Penha é atualmente uma das coordenadoras da Associação dos Parentes e Amigos de Vítimas de Violência (Apavv). Passar da condição de vítima para a de protagonista no combate à violência foi para Maria da Penha, ao longo de 23 anos, "uma luta muito difícil". Em 1994 publicou o livro "Sobrevivi... Posso Contar" contando em detalhes a sua história.

Reunir provas de que advogados, servidores do Judiciário e até juízes ao longo de vários anos engavetaram o processo contra o ex-marido consumiu parte do tempo da farmacêutica.

Em 1997, o livro que ela escreveu chegou às mãos do Centro pela Justiça e pelo Direito Internacional (Cejil). A instituição decidiu levar o caso para a OEA, juntamente com o Comitê Latino-Americano e do Caribe para a Defesa dos Direitos da Mulher (Cladem).

Como o governo brasileiro não havia se pronunciado até 2001, a Comissão Interamericana decidiu acolher as denúncias, exigindo um desfecho rápido do caso na Justiça brasileira e recomendando a adoção de medidas de prevenção e de combate a esse tipo de agressão.

O principal reflexo da condenação internacional do Brasil num caso de violência contra a mulher foi a prisão de Heredia Viveros em setembro de 2002. Em março daquele ano, faltando pouco tempo para a prescrição do crime do qual Heredia era acusado, as autoridades brasileiras decidiram finalmente responder às solicitações da OEA.

Heredia cumpriu, em regime fechado, menos de um terço da pena de dez anos de prisão. No início de 2004, foi posto em regime aberto e retornou ao Rio Grande do Norte.